A 20ª etapa do Giro de Itália, neste sábado – quiçá a mais difícil, em especial por ter tido uma montanha de 2.200 metros para subir, a mais alta da edição deste ano – ditou que o equatoriano Richard Carapaz (Ineos) perdesse a camisola Rosa da liderança.
O australiano Jai Hindley (Bora Hansgrohe), que estava apenas a três segundos, percebeu que era a sua hora para lutar pelo primeiro lugar, o que conseguiu e acabou com o pesado criado em 2020, quando perdeu essa oportunidade.
Sem olhar para trás e conseguindo passar a linha final de forma transcendente, à frente do então ainda líder, Richard Carapaz no alto da chegada deste sábado, em Marmolada, Hindley ganhou um minuto e vinte e oito segundos, “sentando-se” no primeiro degrau da geral, copm numa vantagem de 1m25s.
No meio isso, Alessandro Covi (UAE) realizou um feito extraordinário, com a subida a solo do Pordoi Pass (ele é o rei do Cima Coppi 2022) e do Fedaia Pass, resistindo ao retorno de Domen Novak (Bahrain Victorious) e Giulio Ciccone (Trek-Segafredo), que ocuparam os três primeiros lugares.
Alessandro cumpriu os 168 km da etapa entre Belluno e Marmolada no tempo de 4h46m34s, enquanto Domen foi 2º, a 32 segundos ee Ciccone a 37 segundos, seguindo-se Antonio Pedrero (Movistar), a 1m36s e Tomillo Arenman (DSM), a 1m50s.
Saliente-se o triunfo do ciclista da UAE – equipa de João Almeida, que foi obrigado a desistir a quatro dias do fim por ter dado positivo para covid-19 – no que foi o único triunfo para esta formação, pelo menos até agora.
Rui Costa e Rui Oliveira (UAE) chegaram no 50º e 142º lugares, respectivamente a 16m38 e 42m14s, numa etapa em que chegaram ao fim 149 ciclistas.
Destes resultados, o único prejudicado foi Richard Carapaz, porquanto foi desalojado pelo australiano Jai Hindley (Bora Hansgrohe), que comanda a geral com 85h07m19s, deixando o equatoriano a 1m25s e o espanhol Mikael Landa (Bahrain) a 1m51s, diferenças mínimas ou máximas, consoante o rendimento que os três primeiros possam ter neste domingo, no contra-relógio final com 17,4 km.
Não é crível que para uma distância tão curta possa haver alterações, mas recorda-se que o percurso tem uma subida de 301 metros sensivelmente a meio (9,5 km), que pode ter uma “inclinação” díspar para qualquer dos lados. A ligação far-se-á entre Verona (Fiera) e Verona (Arena).
À partida, Jai Haindley tem uma vantagem de 1m25s sobre Carapaz e 1m51 sobre Mikel Landa, estando o quarto classificado, Vicenzo Nabali (Astana) a 7m57s e o quinto, Pello Bilbao (Bahrain), a 8m55s, estes dois últimos sem qualquer hipótese para lutar pelo pódio, a não ser que haja algum “cataclismo”.
Rui Costa mantém a 41ª posição, agora a 2h35m05s, com Rui Oliveira (ambos da UAE) a estar agarrado ao 141º lugar, a 6h23m40s do primeiro classificado.
Juan Pedro Lopez é lider na Juventude; a Montanha é comandada por Koen Bouwman (Jumbo Visma) e Arnaud Démare (Groupama) segue na dianteira dos Pontos.
Por equipas, a Bahrain Victorius manteve o comando, seguindo-se a Bora Hansgrohe, a 5m18s segundos. A Intermarché está no 3º posto, a 1h23m27s.