Com os mais cotados a rodar na “zona de segurança”, os menos conhecidos continuam a aproveitar os últimos dias do Giro de Itália para tentar subir mais alguns lugares, seja por “apostas” pessoais seja por interesses colectivos.
Com a penúltima etapa, este sábado, a bater o recorde da montanha mais alta da prova (2.239 metros), a que se juntam mais duas a 1.918 e 1.460 metros, sem dúvida que o “passeio” não vai ser fácil, não só por estes “obstáculos” naturais mas, também, pelo facto de os três primeiros da classificação geral estarem relativamente perto uns dos outros, em especial o segundo (a 3 segundos) e o terceiro (a 1m05s) – os restantes estão a cerca de 6 minutos – o que poderá levar a uma táctica final para poderem alterar o rumo da classificação actual e modificarem por completo uma pré-lista nova.
Esta é uma previsão, sendo a segunda alternativa a colocarem-se os três a marcarem-se uns aos outros para chegarem ao final da 20ª etapa (precisamente a 1.460 metros) juntos. Futurismo não há e em desporto muito menos.
Nesta 19ª etapa, esta sexta-feira, o vencedor foi Koen Bouwman (Jumbo-Visma) – o papa montanhas, onde é líder desde cedo – conseguiu impor-se nos últimos centímetros e passar primeira na linha de chegada, com4h32m55s, tempo atribuído também ao segundo, Mauro Schmid (Quick-Step), a concluir esta ronda feita a subir (612 mtros).
O terceiro, Alessandro Tonelli (Bardiani), chegou três segundos depois; o 4º, Atila Valter (Groupama) gastou mais 3 segundos e André Vendrame fechou no quinto lugar a 10 segundos do vencedor.
Richard Carapaz (Ineos) ficou 3m56s e Jai Hindlay (Bora Hansgrohe) chegou colado ao camisola rosa.
Rui Costa (UAE) completou a corrida a 19m47s do vencedor, enquanto Rui Oliveira (UAE) ficou a 33m41s do primeiro.
Richard Carapaz (Ineos) continua impávido e sereno a dominar, com um total de 81h18m12s, seguindo-se Jai Hindley (Bora) a 3 segundos e Mikel Landa (Bahrain) em 3º, a 1m05s, um trio que pode dominar, pelo menos, na etapa deste sábado, porquanto no domingo será o contra-relógio individual e, aí, as coisas poderão ser diferentes.
Vincenzo Nibali (Astana) está agora a 5m53s e Pello Bilbao (Bahrain) mantém a 5ª posição, a 6m22s;
Rui Costa mantém a 41º posição a 2h21m00s, com Rui Oliveira (ambos da UAE) a subir ao 141º lugar, a 5h43m59s do primeiro classificado.
Mantêm-se em prova 150 ciclistas.
Juan Pedro Lopez é lider na Juventude (Branca); a Montanha é comandada por Koen Bouwman (Jumbo Visma) e Arnaud Démare (Groupama) segue na dianteira dos Pontos.
Por equipas, a Bahrain Victorius manteve o comando, seguindo-se a Bora Hansgrohe, apenas a 2m36s segundos. A Intermarché está no 3º posto, mas muito longe.
Neste, lugar à 20ª etapa, entre Belluno e Marmolada (Passo Fedaia), numa distância de 168 km, com três montanhas de gabarito (todas de 1ª categoria), começando ao km 81,9 (1.918 metros), Km 123,4, a especial de 2.239 metros, com a última na linha de chegada, a 1.460 metros.