O F. C. do Porto, que foi o menos mau no jogo da segunda mão das meias-finais da Taça de Portugal, acabou por garantir o lugar na final da competição, depois de afastar um Sporting que continua em queda nesta última fase da época de 2021/2022.
Ainda que mantivesse sempre vantagem na posse de bola (59/41% na primeira parte e 57/43%, como percentagem final), os leões voltaram a cair no rendimento geral e não conseguiram dar a volta ao 2-1 negativo da primeira mão, terminando ainda por sofrer mais um golo, para um 3-1 final para o F. C. do Porto, que passou a estar em excelentes condições para fazer a “dobradinha” (Campeonato e Taça).
É bom que se recorde que a partida, do primeiro ao último minuto, foi disputada sobre chuva intensa, o que obrigou a um maior esforço por parte dos jogadores das duas equipas, tendo os portistas sido mais perigosos (e rematadores para a baliza – 4-2).
Aos dez minutos de jogo, Pedro Gonçalves, pela direita, rematou forte mas a bola desviou em Pepe e foi bater no poste, seguindo para pontapé de canto, do qual nada resultou.
Aos quinze, Sarabia, a passe de Pedro Gonçalves, surgiu isolado frente a Marchezin e enviou a bola para o fundo da baliza, golo não validado por estava posição de fora de jogo, com Porro, no minuto seguinte, rematar forte e a bola seguiu para canto.
O Sporting continuou a tentar a pressão mas não obteve resultados, porque não havia interactividade entre todos os jogadores, por vezes com fintas a mais e, de seguida, a perder a bola, sendo de salientar que o antijogo por parte dos portistas começou cedo, com quedas e mais quedas, sem qualquer tipo de falta, só sendo possíveis para “provocar” o árbitro (Nuno Almeida) a mostrar cartões e demorar mais tempo.
O F. C. do Porto teve uma grande oportunidade (38’) para marcar, quando Zaidu, lançado por Taremi, pela esquerda, surgiu só frente a Adán e atirou para o segundo poste, fazendo a bola sair com a baliza perfeitamente “escancarada”.
No segundo tempo, o Sporting melhorou um pouco mas a falta de padronização de jogo e, até, a vontade de ganhar, começou a trespassar pela cabeça dos jogadores leoninos, ainda que Matheus (51’) teve uma oportunidade de ouro para chegar ao golo mas, frente a Marchezin, permitiu a defesa do guardião portista.
Passes falhados, perdas de bola e fintas a mais também foram outra pecha do Sporting, também comum ao Benfica que, ainda assim, aos 81’ conseguiu chegar ao 1-0 com um golo obtido por Toni Martinez que, depois de dominar a bola, rematou para a baliza de um Adán resistente, mas incapaz de defender, dado que a bola entrou muito perto do poste. Estava feito o primeiro golo do jogo e o F.C. Porto aumentou a vantagem para 3-1, praticamente impossível para o Sporting recuperar, até porque a força anímica da equipa também estava em “baixa”.
Caminhando para o fim do jogo, Porro ainda viu o cartão vermelho directo (89’), por ter jogado nitidamente ao pé de Galeno e não à bola e, pouco depois (90+5’), Nuno Almeida deu por fim à partida, com o F.C. Porto a chegar a mais uma final da Taça de Portugal.
De demérito em demérito, o Sporting tem que arrumar a casa, sob pena de completar uma época na mó de baixo, depois de ter conquistado o título de campeão na última época.