Com uma exibição em que dominou na posse de bola mas em que perdeu (0-2) frente ao Benfica, o Sporting está a um passo de dizer adeus ao título conquistado na época anterior e, mais do que isso, pode arriscar ficar sem o segundo lugar do campeonato, que dá acesso à Liga dos Campeões da próxima época.
Com os 62/38% de posse de bola, o Sporting não gizou jogadas com tom nitidamente atacante, na procura incessante do triunfo, tendo-se visto que a maioria do tempo em que teve a bola pelos seus jogadores as situações aconteceram na área do seu meio campo e dos encarnados, sem rematar, o que é o mais importante para se conquistarem pontos.
Aliás, o que ficou patente pelo baixo índice de remates para a baliza (4-4), dos 16-10 que foram contabilizados.
Ainda não se tinha atingido o primeiro quarto de hora de jogo e os benfiquistas chegaram ao golo no seguimento de uma jogada em que Neto não controlou a bola, que seguiu para a sua grande área, onde Coates também não conseguiu enfrentar Vertonghan, sobrando a bola para Darwin que, com subtileza, passou o esférico sobre a cabeça de Adán e chegar ao 1-0 (14’).
Se o nervoso miudinho era muito, a verdade é que os jogadores dos leões conduziam a bola no seu meio campo, sem possibilidades de avançar para o reduto benfiquista, bem colocado e com circuito fechado para a baliza – ganhando posse de bola ainda que passiva – os encarnados estavam sempre à espreitam de oportunidades e se mais não fizeram foi porque não insistiram mais, até porque estava em vantagem territorial.
À passagem da meia hora, Diogo Gonçalves, servido por Taarabt, rematou forte e obrigou Adán a uma excelente defesa para canto, tal a força do remate do benfiquista e, no minuto seguinte, Paulinho conseguiu isolar-se e chegar frente a Odysseas mas sem a chama de outrora, permitindo a defesa do guardião da Luz.
Aos 38’ a bola entrou na baliza de Adán mas Otamendi, que rematou perto do poste, estava completamente na posição de fora-de-jogo, assinalado pelo árbitro assistente, mas com Fábio Veríssimo – o árbitro, que estava bem colocado e viu a jogada – a perguntar ao VAR /(ou este ao árbitro) para ver as imagens, a perder tempo sem necessidade.
No segundo tempo, o Benfica continuou a chegar depressa à baliza do Sporting e Adán viu a bola passar rente ao poste, com a letargia leonina a manter-se em termos de andamento (lento), sem garra de leão, tanto que Cebolinha (47’) isolou-se e rematou mas a bola saiu a rasar o poste da baliza de Adán.
Na resposta, o Sporting podia ter empatado, mas a bola, cabeceada por Sarabia, bateu na barra e perdeu-se o efeito.
Aos 59’ Ugarte e Slimani rendem Neto e Pedro Gonçalves, numa tentativa de modificar algo na equipa leonina, mas os efeitos práticos não se verificaram.
Para ajudar à festa, dois jogadores do Benfica, depois de perderem a bola a meio campo ficam caídos no meio campo, junto à linha lateral, sem que tivesse havido faltas para isso, o que levou o árbitro a interromper o jogo e perder mais tempo, sendo que os jogadores se levantaram pouco depois. As “fitas” do costume.
Edwards (69’) entra também em jogo para tentar marcar golos (saindo Sarabia), mas os efeitos pretendidos não se concretizam, porquanto a equipa está desligada, os jogadores preferem jogar individualmente e a bola não chega à área contrária em condições.
Depois de ser anunciado que estavam presentes 40.714 espectadores no Estádio Alvalade, chegou o sinal do árbitro assistente para assinalar mais sete minutos de compensação, que começaram com o segundo golo para o Benfica, obtido por Gil Dias, depois de o marcador surgir isolado, sem ninguém a estorvar para, na cara de Adán, fazer o segundo golo do Benfica perfeitamente à vontade.
A partir daqui, a luta pelo título, por parte do Sporting, está na linha vermelha – ver-se-á o que acontece na próxima jornada, onde poderá ser anunciado o novo campeão – e também será conhecida a reacção que os leões vão ter em relação ao Benfica, que ainda sonha chegar ao segundo lugar.
Esta 30ª jornada – a das amêndoas – termina esta segunda-feira com o jogo Estoril-Braga.
