O Estudo do Instituto Nacional de Estatística (INE), recentemente publicado, confirma as piores suspeitas sobre os efeitos da pandemia da COVID-19 que afectou Portugal em 2020 e 2021.
De acordo com este documento, em 2020 o financiamento do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ) às Federações desportivas atingiu 40,8 milhões de euros, o que representa uma quebra de 11,1% face aos 45,9 milhões de euros de 2019.
No mesmo período, também o apoio das autarquias foi reduzido, de 320 milhões de euros para 301 milhões de euros.
Outro dos dados que se destaca no estudo é a expectável diminuição do número de praticantes desportivos inscritos nas Federações Desportivas. Em 2020 estiveram inscritos 587 812 atletas federados, enquanto em 2019 foram contabilizados 688 894 praticantes federados. Também ao nível de clubes houve uma quebra 11 066 (2020) contra 11 429 (2019).
Os números que constam neste relatório do INE confirmam, no entender do presidente da Confederação do Desporto de Portugal, Carlos Paula Cardoso, “as principais preocupações do movimento associativo relativamente ao impacto que a pandemia teve para a área do Desporto, nomeadamente o federado”, tendo acrescentado que “a Confederação do Desporto de Portugal espera que a nova equipa governativa olhe para o sector do desporto como um aliado e reconheça neste a relevância que o mesmo merece, enquanto parceiro, para uma rápida recuperação social e económica do país. A CDP está e estará disponível, para continuar a trabalhar para um melhor desporto!”
Assunto a que também se referiu o Comité Olímpico de Portugal que, nesta fase, não fez comentários específicos sobre o assunto, preferindo aguardar até que possa reunir com o Secretário de Estado da Juventude e Desporto, João Paulo Correia, no cargo há pouco mais de uma semana.
Estes e outros dados estão disponíveis na publicação Desporto em Números 2021, editada pelo Instituto Nacional de Estatística.