Depois de voltar a derrotar a Suíça, no encontro da primeira fase do play-off da qualificação, a equipa portuguesa vai defrontar os Países Baixos no segundo e último play-off de apuramento.
Com a formação inicial composta por Gustavo Capdeville, Leonel Fernandes, Fábio Magalhães, Rui Silva, Bélone Moreira, António Areia e Victor Iturriza, a formação lusa tinha como missão garantir a vantagem final (partiu com uma vantagem de sete golos), o que aconteceu (33-28), pese embora as dificuldades encontradas, mais a mais por o encontro ter decorrido em campo suíço.
Portugal entrou no jogo com dois golos sem resposta, aos cinco minutos, antes da selecção helvética responder na mesma moeda (2-2). Aos 11 minutos, a Suíça chegou à liderança do marcador pela primeira vez (4-3) mas a vantagem durou pouco tempo, porque Victor Iturriza, ao seu estilo, tratou de reverter as contas novamente. A meio da primeira parte, os Heróis do Mar lideravam (5-6), num período muito equilibrado, de parada e resposta até aos 22 minutos, altura em que a Suíça voltou a estar na frente – apenas pela segunda vez – após vários erros no ataque de Portugal, com um parcial de 3-0, mas no minuto seguinte a concentração lusa aumentou e o jogo voltou à estaca zero (11-11).
Até ao intervalo, os comandados de Paulo Pereira atravessaram o melhor período ao apontarem cinco golos sem sofrer, para agarrar a maior diferença registada até então, de quatro golos (13-17).
Manuel Gaspar assumiu as redes da baliza lusa na segunda parte, Paulo Pereira mudou algumas peças no xadrez e o jogo perdeu um pouco de intensidade, com Portugal a encarar a partida de forma mais controlada. Aos 37 minutos, as duas equipas iam cometendo vários erros e foi a Suíça a aproveitar para encurtar margem até ao mínimo (21-22), mas sem assustar os Heróis do Mar, que responderam – de novo – com critério: novo parcial de 3-0, num período marcado por diversas exclusões para os dois lados. Nos últimos 10 minutos, já com a eliminatória decidida (24-29), os dois seleccionadores colocaram em prática o sistema 7×6, deram também minutos de jogo a atletas menos utilizados e foi só esperar pelo apito final para celebrar a vitória e a passagem ao derradeiro play-off de acesso ao Mundial do próximo ano.
Paulo Pereira, o seleccionador nacional, referiu ao site da FAP que “a diferença deste jogo para o de Guimarães era a que já prevíamos, a Suíça iria jogar menos tempo em 7×6, porque nós conseguimos enfraquecer as soluções do adversário e sabíamos que a Suíça ia tentar jogar mais em igualdade numérica, situações de 1×1, que pudessem favorecer. Quando foi necessário, enquanto o jogo esteve em disputa, fomos competentes nesse sentido. Na generalidade estivemos bem, mais uma vez, a jogar fora de casa, com as ideias no sítio, a aplicar bem o plano de jogo, foi excelente mais uma vez para a nossa selecção.”
Quanto à prova de fogo que se avizinha, o seleccionador nacional disse que “o adversário está estudado. Os Países Baixos são uma equipa ainda mais forte do que a Suíça, tem atletas fantásticos mas nós já sabemos o que temos que fazer contra esse adversário. Já conhecemos os seus pontos fortes e o que temos que anular. É relativamente simples para nós identificar aquilo que temos que fazer e o que temos que corrigir, e isso já o fomos fazendo depois do Europeu. Depois temos que ser mais competentes do que eles e estou convencido de que se tivermos o mesmo fluxo desta eliminatória vai correr bem.”
O próximo adversário de Portugal será a selecção dos Países Baixos, no último play-off de acesso ao Mundial, e os duelos vão acontecer nos dias 14 e 17 de Abril, ainda em hora a definir.
O IHF World Championship 2023 tem início marcado para o dia 12 de Janeiro de 2023, terminando no dia 29 do mesmo mês e decorrerá na Polónia e Suécia.