Ao ser a melhor na fase de apuramento, Sara Moreira confirmou as credenciais de que poderá estar no pódio da final dos 3.000metros, marcada para este domingo (11h10 na RTP2).
Este sábado, Sara dominou por completo os acontecimentos e cumpriu a prova no tempo de 9.01,00, se bem que na final a táctica possa ser diferente porque aí há três medalhas a conquistar e o interesse é muito maior do que foi na eliminatória.
No entanto, Sara corre sempre e não teme nada e ninguém. Com 8.52,48 conseguidos há dias, Sara quererá ainda, no mínimo, chegar à prata, tal como se verificou em 2009, pese embora o objectivo principal é o ouro.
Ainda nesta prova, Ercília Machado não foi feliz e não foi além de um 17º e penúltimo lugar entre todas as participantes, com 9.35,97,para quem há poucos dias tinha conseguido 9.05,87.
Lugar de honra foi alcançado pelo recordista nacional do peso, Marco Fortes, com um ensaio a 20,02, que correspondeu a um bom 5º lugar, não se percebendo bem se positivo ou não para próprio atleta.
Isto porque chegou a Gotemburgo com queixas, em fase de recuperação de uma lesão; depois do apuramento para a final salientou à comunicação social que “ou medalhado ou último” e após o 5º lugar disse que “foi uma excelente participação”. É evidente que foi bom. Há que é evitar fazer comentários que não abonam a categoria (até como recordista nacional e finalista olímpico) do atleta.
O campeão europeu foi o sérvio Asmir Kolasinac, com 20,62.
O relevo vai ainda para Rasul Dabó, que bateu o recorde de Portugal ao correr os 60 metros-barreiras em 7,68 (6º entre 28 participantes), que é excelente, ficou apurado para a meia-final onde baqueou com 7,73 (13º entre os 16).O campeão europeu foi o russo Sergey Shubenkov, com 7,49 a melhor marca do ano.
Nesta mesma prova mas no feminino, Eva Vital não foi além 16ª (entre as 24 presentes) com 8,20, novo recorde pessoal. A campeã europeia foi a turca Nervin Yanit, com 7,89.
Nas eliminatórias dos 60 metros, Ricardo Monteiro esteve muito bem ao conseguir o apuramento para a meia-final, ao correr em 6,74 (13º entre 22), bem perto dos 6,72 com que se apresentou na Sécia. Diogo Antunes não foi tão feliz e com os 6,81 alcançados ficou no 19º posto e fora da fase seguinte. Registe-se que Antunes conseguira, em Portugal, 6,70.
Em grande nível esteve também a triplista Patrícia Mamona, que conseguiu o apuramento para a final ao saltar 13,99 (5ª entre 19), recuperando o recorde de Portugal só para si, enquanto Susana Costa (que também era recordista a 13,94) não foi além de 13,74, que correspondeu ao 12º e não foi à final.
No Heptatlo, no final do primeiro dia (4 provas), Tiago Marto encontra-se na 14ª posição, com 3.160 pontos, correspondentes a 7,09 nos 60 metros (13º entre 15); 7,17 no comprimento (12º); 14,21 no peso (6º) e 1,90 no salto em altura (12º). As últimas s três provas efectuam-se neste domingo.
Outro atleta em grande evidência foi Hélio Gomes, com um excelente 4º lugar nos 1.500 metros, que cumpriu em 3.40,82, novo recorde pessoal, estando na final, na tarde deste domingo.
Pelo fraco esteve Edi Maia, que não foi além de um salto a 5,20 (à segunda tentativa e falhando os três a 5,40),para quem já tinha feito 5,50 este ano.
Com Sara Moreira e Patrícia Mamona candidatas ao pódio e com Hélio Gomes a poder ser um “outsider”, por certo que este domingo Portugal possa sair deste europeu de Gotemburgo com uma ou mais medallhas.
Nas finais deste segundo dia de provas, onde não houve portugueses, os campeões foram os seguintes:
Feminino – Comprimento: Darya Klishina (Russia), 7,01, melhor marca mundial do ano; Vara: Holly Bleasdade (G.Bretanha), 4,67, o mesmo registo que a segunda (a polaca Anna Pogozska) mas foi campeã por ter passado a fasquia à primeira tentativa; 1.500 m: Abeba Aregawi (Suécia), 4.04.47.
Masculino – Altura: Sergey Mudrov (Russia), 2,35, novo recorde pessoal; Triplo: Daniele Greco (França), 17,70; 3.000 m: Hayle Ibrahimov (Azerbeijão), 7.49,74; 60 m: Jimmy Vicaut (França), 6,48, melhor marca mundial do ano.