Quinta-feira 21 de Novembro de 2024

Abdel Larrinaga em destaque no Meeting de Madrid, com muitos recordes batidos

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FPA/Marcelino Almeida

Abdel Larrinaga (Sporting) foi o atleta português com maior destaque no Meeting de Madrid, em Pista Coberta – que decorreu esta quarta-feira – tendo ficado a um centésimo do recorde de Portugal dos 60 metros barreiras.

No que foi uma das últimas oportunidades para alcançarem os mínimos para os Campeonatos do Mundo de Pista Coberta (18 a 20 deste mês, em Belgrado, na Sérvia), Larrinaga, melhorou o seu recorde pessoal na eliminatória dos 60 metros barreiras. O bicampeão de Portugal fez 7,67s (7,72 antes), sendo apurado para a final, na qual se classificou na sétima posição, com o tempo de 7,82s, voltando a confirmar o mínimo para o Mundial. A prova foi ganha pelo espanhol Asier Martinez em 7,56s.

Destaque ainda para Carlos Nascimento (Sporting), que na semifinal dos 60 metros conseguiu o tempo de 6,72s, a sua melhor marca nesta temporada, e um lugar na final, na qual melhorou a marca para 6,70s, terminando na sétima posição, a quatro centésimos da marca de qualificação para Belgrado.

Quem também ficou à beira de confirmar a marca para os mundiais de pista coberta foi Francisco Belo (Benfica), que terminou em 5º lugar, a um centímetro da marca de referência, conseguindo lançar o engenho a 20,64 metros, a sua melhor nesta temporada. Tsanko Arnaudov (Benfica) terminou na 8ª posição, com 20,15 metros. A prova foi ganha pelo polaco Konrad Bukowiecki, que, com um lançamento de 21,91 metros estabeleceu um novo recorde do meeting.

Catarina Queirós (Jardim da Serra) correu a eliminatória dos 60 metros em 8,20s, recorde pessoal, terminando na terceira posição e conseguiu a qualificação para a final, a 4 centésimos da marca para os mundiais de pista coberta. Na final classificou-se na sexta posição, com 8,23s.

Isaac Nader (Benfica) superou-se nos 3000 metros, já que melhorou o seu recorde na distância para 7.53,40s, terminando na 12ª posição, numa prova ganha pelo etíope Selemon Barega em 7m34,03s, recorde do meeting.

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RFEA

O atleta benfiquista não conseguiu os mínimos mas está assegurado nos 1.500 metros, onde registou, há dias, o tempo de 3.36,50, sendo o segundo português na lista desta corrida.

Na quinta posição classificaram-se os atletas do Sporting, Cátia Azevedo, Evelise Veiga e Tiago Pereira, respectivamente na final B dos 400 metros (53,59), no salto em comprimento (6,34) e no triplo-salto (16.28).

Recordes do meeting foram alcançados, entre outros, pela polaca Justyna Swiety-Ersetic, com 51,21 nos 400 metros; Lorraine Ugen (G. Bretanha) com 6,67 no salto em comprimento; Yulimar Rojas (Venezuela), com 15,41 no triplo salto, que é a líder mundial.

No Torneio Ibérico de Provas Combinadas para atletas Sub-18, Portugal obteve o segundo lugar, totalizando 24.351 pontos, ficando atrás da Espanha que somou 24.875.

No Heptatlo, o melhor português foi Bernardo Cunha, que somou 4.791 pontos, ficando em segundo lugar, atrás do espanhol Imanol Egidazu (5.043 pontos). Com esta pontuação, Bernardo Cunha sobe a terceiro português nas listas de sempre, logo atrás do recordista Sissinio Ambriz (4993 pontos) e de Manuel Dias (4904).

Os outros portugueses também estiveram em grande plano, obtendo recordes pessoais, todos eles subindo ao “top-10” de sempre. André Vilelas foi quinto classificado, com 4.791 pontos (tinha 4.601 como melhor); Rafael Santos terminou na sexta posição, com 4.616 pontos, enquanto Tiago Costa foi oitavo, com 4.547 pontos.

Recorde-se que, no primeiro dia, Thais Beranger venceu o pentatlo, com a marca de 3.635 pontos.

Entretanto, a Federação Portuguesa de Atletismo manifestou – em comunicado enviado às redacções – a mais profunda solidariedade para com a Ucrânia e o seu povo, alvo da invasão e agressão perpetrada pela Rússia, expressando a sua total disponibilidade para apoiar os atletas deste país que se refugiem ou que residam em Portugal, nomeadamente disponibilizando o seu quadro competitivo, bem assim como as suas infra-estruturas e equipamentos de treino.

A Federação Portuguesa de Atletismo colaborará em todas as iniciativas que os organismos internacionais da modalidade – World Athletics e European Athletics – vierem a adoptar, como tomada de posição relativamente a esta agressão totalmente ilegítima e à revelia do direito internacional.

Como forma de homenagear as vítimas desta guerra, a FPA irá realizar um minuto de silêncio antes de iniciar as suas competições, apelando a que o mesmo gesto seja repetido em todas as manifestações desportivas da nossa modalidade. Nenhuma guerra é justa ou justificável.

A Federação Portuguesa de Atletismo lamenta profundamente o sofrimento pelo qual o povo ucraniano, dentro e fora do seu país, está a passar. A FPA deixa uma palavra de força e esperança apelando a que a comunidade internacional coopere, ao mais alto nível, a fim de encontrar uma solução rápida e duradora para este conflito.

 

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