A lista encabeçada por José Manuel Constantino – segundo o comunicado emitido pelo COP – foi a única a apresentar-se como candidata às eleições do Comité Olímpico de Portugal marcadas para o dia 10 de Março de 2022, entre as 18 e as 20 horas.
O prazo para apresentação de candidaturas terminou esta sexta-feira, tendo a Comissão Eleitoral composta por Vasco Lynce, Maria de Fátima Abrantes Mendes e Mariz Fernandes recebido do mandatário da lista, João Paulo Bessa, a documentação necessária à formalização da candidatura.
A composição da lista é a que se apresenta
COMISSÃO EXECUTIVA
Presidente
José Manuel Constantino
Vice-Presidentes
Artur Lopes, João Paulo Vilas-Boas, Maria do Sameiro Araújo, Ulisses Pereira e Vicente Henrique Araújo
Secretário-Geral
José Manuel Araújo
Tesoureiro
Joaquim José Oliveira Lopes
Vogais
Beatriz Gomes, Carla Ribeiro, João Rodrigues, Pedro Miguel Dias, Pedro Farromba, Rui Vieira e Teresa Gaspar
CONSELHO FISCAL
Presidente
Leandro Silva
Vice-Presidente
António Pedro Viera Nunes
Secretária
Fernanda Piçarra
CONSELHO DE ÉTICA
Presidente
Eduardo Marçal Grilo
Vice-Presidente
Luísa Filipe Freitas
Vogais
Lara Pestana Vieira e Pedro Fragoso Mendes
Subscreveram a lista as 30 federações olímpicas actualmente registadas: Andebol, Atletismo, Badminton, Basquetebol, Canoagem, Ciclismo, Dança Desportiva, Desportos de Inverno, Equestre, Esgrima, Futebol, Ginástica, Golfe, Hóquei, Judo, Lutas Amadoras, Natação, Patinagem, Pentatlo Moderno, Remo, Râguebi, Surf, Ténis, Ténis de Mesa, Tiro, Tiro com Arco, Tiro com Armas de Caça, Triatlo, Vela e Voleibol.
Valorizar socialmente o desporto
Na sua recandidatura, José Manuel Constantino divulgou algumas guide lines no manifesto eleitoral para este terceiro e último mandato à frente do COP, assumindo o desafio de “valorizar socialmente o desporto”.
O que fará através da “consolidação das políticas públicas e associativas para o desporto em patamares de maior relevo na agenda política de coesão social e desenvolvimento humano”.
Respeitando os 30% de elementos femininos definidos pelo Comité Olímpico Internacional (COI), Constantino conta com três antigos atletas olímpicos como vogais, casos de João Rodrigues (vela), Beatriz Gomes (canoagem) e Teresa Gaspar (judo), enquanto Marçal Grilo volta a encabeçar a lista para o Conselho de Ética e Leandro Silva a do Conselho Fiscal.
O “mandato terá apenas a duração de três anos, que vem na sequência da crise pandémica e, simultaneamente, a seguir à melhor prestação desportiva jamais alcançada por Portugal em contexto olímpico, importando olhar para esta situação com realismo. A excelência dos resultados alcançados foi devida à qualidade dos atletas, dos treinadores, ao trabalho dos clubes e ao enquadramento federativo. O nosso mérito foi apenas o de potenciar a capacidade instalada. De unir e não dividir”, como se descreve no manifesto.
Adianta-se ainda no citado documento que “a situação desportiva nacional não garante, à partida, a sustentabilidade dos resultados alcançados”, onde se acrescenta que “a nossa elite desportiva é pequena e os riscos de não sustentabilidade do patamar já alcançado estão presentes. O próximo mandato dos órgãos sociais do COP encontrará o desporto a tentar refazer-se dos efeitos da crise pandémica, ele que é, por razões estruturais e culturais, um sector mais desprotegido e menos preparado que outras áreas para uma recuperação rápida e sem consequências duradouras”.
Face às “carências registadas e à posição subalterna e frágil do desporto nacional, sobretudo no domínio das políticas públicas”, José Manuel Constantino “propõe-se recuperar o sector, perante o impacto pandémico, para níveis que progressivamente revertam o fosso que separa Portugal da média europeia, valorizando o seu papel na integração com áreas políticas relevantes e na agenda nacional”.
O apoio às federações desportivas, na sua modernização e desenvolvimento, a consolidação em Paris2024 do sucesso alcançado em Tóquio2020 – optimizando a gestão do programa de preparação olímpica para federações, treinadores e atletas – e a aposta consistente num projecto de esperanças são algumas das metas traçadas por José Manuel Constantino.
O reforço na aposta em carreiras duais e na transição dos atletas olímpicos é outro dos objectivos apontados no manifesto, que preconiza ainda a construção da Casa do Olimpismo, como acervo da memória olímpica nacional, e disponibilização do arquivo histórico do COP.
Serão três anos para se analisar, diremos dia-a-dia, os trabalhos e os resultados que forem sendo produzidos até ao fim do Paris 2024, aguardando-se com expectativa se, com melhores “treinos”, mais sofisticados “meios tecnológicos”, maior produção de “adrenalina”, num melhor “clima”, Portugal conseguirá ter resistência para chegar à quinta medalha nuns Jogos Olímpicos de Verão!
Se é isso que constará, como objectivos, no contrato-programa que será firmado com o Estado!