Terça-feira 26 de Novembro de 2024

Bernardo Silva levou City à Mão Cheia na enchente em Alvalade

SCP_MCity _15fev_2015Através de uma exibição de luxo, que valeu ser considerado, pela UEFA, como o Homem do Jogo, Bernardo Silva levou o Manchester City a encher uma mão de golos para brindar o Sporting, em Alvalade, no rescaldo do Dia dos Namorados (véspera).

Este corolário de Bernardo e seus “muchachos” fez lembrar, ainda, o 5-1 com que o Ajax “ofertou” aos leões na fase de grupos, no que foi, na altura, o resultado mais desequilibrado até aos dias de hoje, recordando-se ainda a pesada derrota (11-1) infligida pelo Bayer de Munique.

Na primeira vez que atingiu os oitavos-de-final da Liga dos Campeões, o Sporting só se pode queixar de si próprio, querendo fazer crer que podia ombrear com estes ingleses – e até podia ser se não cometessem tantos erros e omissões, lentidão e velocidade até anémica, que redundou apenas em dois remates feitos, dos quais nenhum para a baliza, ficando-se pelos 36% de posse de bola, contra 64% do City.

E cabe aqui salientar, também, que, afinal, este resultado até podia ser o esperado, depois de se ouvir e ler o que Bruno Amorim referiu no lançamento do jogo: “Digamos que aqui (Sporting) é a Primária e lá é a Universidade”. Está tudo dito.

Foram precisos apenas sete minutos para que a formação de Guardiola começasse a cumprir o que continua ser o principal objectivo – conquistar, pela primeira vez, a Liga dos Campeões – aproveitando o primeiro deslize da equipa da defesa sportinguista, que começou pouco mais que apática, quiçá perante o seu público (48.129 espectadores, o que foi espectacular).

Lesta de mais a cobrir e a não deixar ao City armar a sua potente linha avançada que, de mão beijada, chegou ao 1-0 com o golo marcado por Mahrez, aproveitando uma falha que começou em Adán e passou pelos defesas, que deixaram os avançados sós.

A partir daí, o Sporting tentou remar contra a maré, mas com a força mental em baixo, o corpo também não respondeu fisicamente e o City passou a controlar o jogo, com calma.

Tanta que (17’) chegou ao 2-0, com um golo marcado por Bernardo Silva, na sequência de um pontapé de canto em que a bola chegou à pequena área dos leões, com o lado esquerdo da defesa a abrir espaço, para onde foi a bola e com o avançado da selecção portuguesa a rematar forte, levando a bola a bater na parte interior da barra e anichar-se na rede. Tudo fácil.

Como que “enjaulado” no seu meio campo, por força da marcação feita pelo City, os jogadores do Sporting não se mostraram com “estaleca” e ânimo de Liga de Campeões, não tinham força para avançar, pelo que o resultado se foi dilatando, chegando-se ao 3-0 (32’).

Com toda a gente praticamente “pregada” ao chão, Cancelo endossou a bola a Mahrez, que se livrou de Esgaio e endossou a Foden para rematar por debaixo das pernas de Matheus Reis e fazer o golo.

Com um City a fazer apenas o que queria – empatar tempo, controlando tudo e marcando se houvesse oportunidades – a verdade é que, numa jogada rápida, Cancelo lançou largo para Sterling que a fez seguir para Bernardo e este chegar ao 4-0, a um minuto do intervalo, no que foi sinal da quebra total dos leões.

O segundo tempo começou com o que podia ter sido (49’) o quinto golo do City (não confirmado porque o VAR encontrou um fora de jogo), se bem que, dez minutos depois, o 5-0 chegou mesmo, com Sterling a fazer um golo de bandeira, levando a bola, rematada de fora da grande área, a descrever um arco e entrar ao ângulo superior esquerdo da baliza de Adán, afinal o “provocador” do início da jogada, ao implementar uma defeituosa reposição da bola.

Sendo uma equipa jovem, numa fase em que vai durar alguns anos a maturar, por certo que a aprendizagem vai ser longa, pelo que não se pode contar com esta formação uma Liga dos Campeões tão espinhosa, sob pena de se perder (ou não se encontrar) um fio condutor destes jovens ao estrelato, enquanto equipa que quer ganhar títulos.

Com esta desvantagem, demasiada, é provável que muitos pensem que ainda é possível mudar algo para o jogo da segunda mão, daqui a três semanas. Difícil é mas não há impossíveis.

No outro encontro desta terça-feira, o PSG venceu o Real Madrid (1-0), com um golo obtido pela estrela que dá pelo nome de Mbappe que, num ápice, dentro da área dos madrilenos, furou pelo meio de dois defesas e com tempo ainda para meter a bola na baliza.

Nesta quarta-feira haverá mais dois jogos (Salzburgo-Bayern e Inter-Liverpool), seguindo-se (dia 22) os encontros Villarreal-Juventus e Chelsea-Lille, terminando a primeira mão no dia 23, quando se defrontam Benfica e Ajax, Atlético de Madrid e Manchester United.

 

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