Os Jogos Olímpicos de Inverno tiveram, esta sexta-feira, a cerimónia de abertura de mais uma edição, tendo como palco principal o Estádio Nacional de Pequim.
Um evento que chegou à luz do dia com boicotes e com uma guerra quase declarada entre a Rússia (apoiada pela China) e o Ocidente, num Leste Oeste que se espera tenha trégua olímpica.
Nos discursos protocolares, Thomas Bach, presidente do Comité Olímpico Internacional, apelou ao entendimento entre os povos, o que foi muito saudado, pese embora toda a carga “bélica” que gira na zona do Sol Nascente.
António Guterres, secretário-geral da Organização das Nações Unidas também esteve presente, numa plateia em que muitos países não se fizeram representar no famoso Ninho de Pássaro, que já tinha sido palco do início dos Jogos de verão em 2008.
A Missão de Portugal foi a 72ª delegação a desfilar entre as 91 participantes com os porta-estandartes Vanina Guerillot Oliveira e Ricardo Brancal (ambos atletas de Esqui Alpino) à frente.
Desfilaram também o atleta José Cabeça (Esqui de Fundo), o chefe de Missão Pedro Farromba, o oficial de ligação Covid Pedro Flávio, os treinadores Yannick Guerillot, Sérgio Figueiredo e Ragnar Andresen, e o fisioterapeuta Tiago Rosa.
A concepção do evento teve a assinatura de Zhang Yimou, um realizador de cinema chinês, à semelhança do que sucedera nos Jogos Olímpicos de Verão de 2008, que se inspirou nas festividades do Ano-Novo Lunar, no qual os chineses comemoram a mudança de ciclo numa data diferente do calendário gregoriano, utilizado na maior parte do mundo.
O novo ano na China começou no dia 1 de Fevereiro, mas as comemorações duram semanas e fazem parte de uma das tradições mais antigas do País. O calendário chinês entrou no ano 4720, ano do Tigre, segundo o horóscopo tradicional local.
O presidente do Comité Olímpico de Portugal, José Manuel Constantino, desejou à Missão de Portugal “os maiores sucessos”, sabendo que vai enfrentar um “contexto muito severo, de muitas restrições”, devido à pandemia da Covid-19.
José Manuel Constantino espera que, em Pequim 2022, a “experiência seja positiva” para todos os elementos que compõem a Missão, o que equivalerá a dizer que o será, “sobretudo, para Portugal.”