Manuel Damião e Sara Moreira, ambos do Maratona, voltaram a vencer na Amadora, na 38ª edição da mais mítica prova de final de ano que se efectua em Portugal e também a melhor em termos de 10 km.
Sob uma bátega de água que se iniciou pouco tempo antes do início da prova feminina (18 horas do último dia de 2012), Sara Moreira soube “dançar à chuva” e repetir o êxito alcançado em 2010, desta vez com uma vantagem de mais de dois minutos sobre a segunda classificada, precisamente a mesma de 2011, Clarisse Cruz (Sporting), que gastou 34.44 para os 10 km do percurso, contra os 32.42 de Sara.
Sara, que conseguiu o seu melhor tempo nesta corrida – pois tinha como marca 33.04 desde 2009, pelo que o mau tempo não fez “mossa” – confirmou estar numa excelente condição física.
O terceiro lugar do pódio foi para Nazareth Weldu (Eritreia), com 34.45, classificando-se nos lugares seguintes Sara Pinho (35.03) e Ercília Machado (Sporting), com 35.30.
Damião, por seu lado, teve de empregar-se a fundo para levar de vencidos o moldado Roman Prodius e Amanuel Mesel (Eritreia), dos quais se “safou” apenas na segunda parte do percurso.
Ainda assim, não logrou chegar ao recorde pessoal (29 minutos o ano passado), mas com um tempo final de 29.29 confirmou também o seu bom momento.
Os estreantes Prodius (29.57) e Mesel (29.58) cumpriram o objectivo proposto, sendo de destacar ainda José Moreira (Conforlimpa), 4º com 30.14; Fernando Silva (Maratona), 5º com 30.19 e Luís Pinto (Sporting), 6º com 30.19, todos a melhorar os lugares de chegada.
Foi mais uma festa, apesar da chuva que caiu durante mais de três horas, em especial porque as inscrições tiveram que ser encerradas dias antes da prova por se ter atingido o limite de um milhar de participantes, número que já não se registava desde os anos oitenta.
Daí que o número de chegadas tenha atingido a cifra de 878, pese embora uma dezena deles (os últimos) não tenham sido registados porque não havia ninguém na linha de chegada para o fazer. O que foi grave e deu origem a um veemente protesto do casal que tinha fechado a corrida, junto à ambulância (o chamado carro vassoura), que não levaram as medalhas a que tinham direito. Foi pena.