Quarta-feira 23 de Novembro de 8450

Exposição do centenário da Federação Portuguesa de Atletismo abriu na cidade do Porto

Atl-ExposiçãoCentenário-Porto-21-01-2022Abriu, oficialmente, esta sexta-feira, no espaço Atmosfera m, da Associação Mutualista Montepio (Rua Júlio Dinis), a Exposição do Centenário da Federação Portuguesa de Atletismo, que seguiu de Lisboa para a cidade Invicta.

Jorge Vieira, presidente da Federação e a campeã olímpica Rosa Mota foram os dois cicerones de luxo na cerimónia de abertura, que contou ainda com a presença de Vítor Baltazar Dias (Director Regional do Instituto Português do Desporto e Juventude), e de representantes das autarquias do Porto, Paços de Ferreira e Matosinhos e do presidente da Associação de Atletismo do Porto, Bernardino Alves.

Por entre objectos e equipamentos do espólio da FPA e cedidos por outras entidades, como o Museu do Desporto, por atletas, dirigentes e “amigos” do atletismo – como os primeiros blocos de partida, um dos primeiros modelos de sapatos de velocidade ou uma das primeiras pistolas de partida – destacaram-se (segundo a informação veiculada pela Federação) os pontos altos da única modalidade nacional que gerou campeões olímpicos e cuja história antecede a formação da própria Federação Portuguesa de Atletismo, fundada a 5 de Novembro de 1921, com o nome Federação Portugueza de Sports Athleticos, já depois da primeira representação olímpica do nosso atletismo, em 1912.

Atl-ExposiçãoCentenárioPorto-21-01-2022Com paragem obrigatória no painel que homenageia os cinco campeões olímpicos portugueses (Carlos Lopes, Rosa Mota, Fernanda Ribeiro, Nelson Évora e Pedro Pichardo), a visita seguiu para junto do equipamento utilizado por Rosa Mota quando conquistou a prata nos Jogos Olímpicos de Los Angeles (1984), e aplaudir a carreira da atleta, presente, que havia de conquistar o primeiro ouro feminino da história nacional neste certamente quatro anos depois, em Seul; mas também junto das sapatilhas utilizadas por Fernanda Ribeiro aquando da conquista do ouro olímpico nos 10 000 metros (1996); ou das sapatilhas utilizadas por Manuela Machado e por Aurora Cunha, aquando da conquista dos títulos de campeãs mundiais.

No século XXI, seguindo a ordem cronológica pela qual está disposta a exposição, foi possível ver as sapatilhas com as quais Nélson Évora saltou para o ouro olímpico e as medalhas conquistadas pelo vice-campeão olímpico dos 100 metros, Francis Obikwelu, que cedeu as sapatilhas personalizadas com a bandeira de Portugal, com as quais correu para a prata. Depois de se recordarem, através de medalhas e de equipamentos, os títulos de Rui Silva e o seu terceiro lugar nos Jogos Olímpicos e de Naide Gomes, chegou-se ao vice-campeonato mundial nos 50 km marcha, João Vieira (2019), em Doha; para, em período de pandemia, se salientarem os recordes nacionais batidos e as mais recentes conquistas olímpicas: o ouro e a prata, no triplo-salto, respectivamente por Pedro Pichardo e de Patrícia Mamona.

Indo ao encontro do entusiasmo dos convidados, esta visita-guiada não haveria de terminar sem que antes fosse dada a oportunidade aos presentes de sentirem literalmente o peso do atletismo, podendo agarrar os engenhos utilizados no lançamento do peso, do martelo, do disco e ainda um dardo.

Atl-Exposição-Centenário-Porto-21-01-2022A exposição, que está aberta ao público de segunda a sexta-feira, das 9h00 às 19h00, com entrada gratuita, convida a entrar “em grande” seguindo o tapete utilizado no salto em comprimento e no triplo salto, com a marca dos recordistas nacionais.

A esta noção de profundidade soma-se ainda a experiência de passar por baixo da fasquia do salto em altura colocada à distância atingida pelo recordista nacional Paulo Conceição, num convite a viver ou a reviver de forma muito prática e próxima a história da Federação Portuguesa de Atletismo e do atletismo português.

 

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