Este pode ser o grande “segredo” para que José Manuel Constantino queira continuar ao leme do Comité Olímpico de Portugal durante os próximos quatro anos, depois de anunciar publicamente a disposição de se recandidatar a mais um mandato.
Segundo a informação disponibilizada no respectivo site, “o Comité Olímpico de Portugal e a Câmara Municipal de Lisboa outorgaram, esta quarta-feira, a escritura de correcção do direito de superfície tendo em vista acomodar a extensão e limites do direito de superfície do COP ao perímetro de implantação do projecto de construção da Casa do Olimpismo, já aprovado junto da entidade camarária”.
De acordo com a notícia publicada, “o COP tem agora 36 meses (3 anos), contados desta data, para construir o edifício museológico de preservação da Memória Olímpica e do desporto nacional que, nos termos da escritura celebrada, é de relevante interesse público e que muito contribuirá para a promoção e valorização da freguesia da Ajuda e da cidade de Lisboa”.
Guardado a “sete chaves”, ainda que o projecto (que aqui reproduzimos em foto) exista há alguns anos, só agora o COP terá conseguido chegar a acordo com a Câmara Municipal de Lisboa quanto à ocupação do terreno contíguo ao actual edifício-sede, no que é uma notícia de grande impacte nacional e até internacional, colhendo apoios financeiros em várias latitudes, desde logo o Comité Olímpico Internacional.
Marca, também, a melhor Olimpíada de sempre para Portugal, pela conquista de quatro medalhas (uma de ouro, outra de prata e duas de bronze), carimbando um mandato de lutas em vários tabuleiros e que terminará em Março próximo.
Sendo um sonho antigo, as condições financeiras do país não tem permitido folga para que se pudesse dar mais um passo em frente, o que agora se verifica e que, de alguma forma, dá corpo e alma para que o actual presidente, José Manuel Constantino se considere um robusto garante de que a obra vai nascer e concluir-se até aos Jogos Olímpicos de 2024, em Paris, no coração da Europa.
O que também poderá ajudar como “produto” motivador para os atletas que estão em linha para estarem presentes nuns Jogos que podem ter outros factores actualizantes, em função de novas modalidades que estão a surgir, estando o Comité Olímpico Internacional a preparar essa transição.
Sempre com os olhos postos no futuro, por mares nunca antes navegados (relevando a saga dos descobrimentos portugueses por esse mundo fora), Portugal continua a assumir um papel de grande relevo no movimento desportivo e olímpico internacional.