Os Prémios Ciências do Desporto, atribuídos pelo Comité Olímpico de Portugal e Fundação Millennium BCP, em parceria com a revista Visão, premiaram – de acordo com a informação veiculada perlo COP – categorias que não foram consideradas em anos anteriores.
A calendarização da 6ª edição foi afectada pela pandemia da COVID-19, mas nem por isso o número de trabalhos submetidos a concurso diminuiu. Na edição referente a 2020-2021, o número de candidaturas voltou a superar as edições anteriores, com a submissão de 72 trabalhos à análise do júri de especialistas de cada uma das áreas.
Os trabalhos que estiveram em análise respeitam a áreas como “Economia, Direito e Gestão do Desporto”, “Fisiologia e Biomecânica do Desporto” e “História e Sociologia do Desporto”.
No que respeita ao primeiro tema, com um trabalho relacionado com “os comportamentos dos técnicos de exercício como promotores de sustentabilidade económica dos operadores fitness”, o prémio foi atribuído a Filipe Fernandes Rodrigues, Diogo Santos Teixeira, Luís Cid e Diogo Monteiro, os autores do estudo.
O estudo sobre “Empreendedorismo Feminino na Indústria do Desporto: realidade ou utopia?”, apresentado por Dina Alexandra Marques Miragaia e Carla Daniela Moreira da Costa, recebeu uma Menção Honrosa, enquanto Tiago Miguel Patrício Ribeiro, Abel Hermínio Lourenço Correia, Carlos Alberto Figueiredo da Silva e João Paulo Marôco também receberam uma Menção Honrosa pelo trabalho sobre “O Valor da Educação Olímpica: um Estudo Longitudinal do Programa Transforma Rio 2016”.
No segundo tema, o vencedor foi o grupo formado por Bruno Gonçalves, Romeu Mendes, Hugo Folgado, Pedro Figueiredo, Bruno Travassos, João Brito, que apresentou o projecto sobre “Quantificação da exposição ao contacto interpessoal em desportos colectivos durante a pandemia de COVID-19 através de sistemas de rastreamento automático”.
Uma das (duas) Menções Honrosas foi atribuída ao tema “Desenvolvimento e validação de uma Unidade de Medição Inercial quando aplicada no teste de velocidade de 40m, com atletas de Alto Rendimento, de Atletismo”, cujos autores foram Paulo Miranda Oliveira, Orlando Fernandes, Pedro Serra e Marco Branco.
“O andebol de recreação como estratégia promotora da saúde óssea e cardiovascular em mulheres pós-menopáusicas sem experiência na modalidade” (projecto “Handball4Health”) recebeu a segunda Menção Honrosa, da autoria de Rita Pereira, Peter Krustrup, José Magalhães, e Susana Póvoas.
No terceiro tema, o trabalho sobre o “Modelo de desenvolvimento atlético e implicações para a longevidade da carreira de jogadores portugueses de futebol”, apresentado por Ricardo Monteiro, Diogo Monteiro e Bruno Travassos, foi considerado o vencedor.
Com Menção Honrosa, foi distinguido o trabalho “Abandono da carreira desportiva de futebolistas de elite portugueses: Uma análise retrospectiva longitudinal”, apresentado a concurso pela mão de Bruno Travassos, António Carapinheira e Diogo Monteiro.
“Actividade física, ansiedade e necessidades psicológicas básicas: Caracterização de uma
amostra da população portuguesa em contexto de covid-19”, trabalho apresentado por Raul Antunes, Ricardo Rebelo Gonçalves, Nuno Amaro, Rogério Salvador, Rui
Matos, Pedro Morouço e Roberta Frontini, ganhou a segunda Menção Honrosa nesta área.
O trabalho vencedor em cada uma das áreas temáticas receberá um prémio monetário de cinco mil euros, enquanto que cada uma das menções honrosas recebe mil euros, como incentivo à continuidade do trabalho de investigação.
Para José Manuel Constantino, presidente do COP, “os Prémios de Ciências do Desporto são um incentivo à investigação nesta área disciplinar, registando o Comité, com satisfação, o número crescente de trabalhos a concurso e a respectiva qualidade”.
António Monteiro, presidente da Fundação Millennium bcp considerou que “esta 6º edição dos
Prémios Ciências e Desporto vem confirmar o indiscutível interesse e o aumento do investimento na investigação científica, como se comprova pelo número de trabalhos apresentados. O acesso e divulgação do conhecimento científico são fundamentais para a evolução das sociedades e dos próprios seres humanos. Através dele adquirimos novos conceitos, práticas, técnicas, procedimentos e ferramentas essenciais à nossa realidade actual e futura. A Fundação Millennium bcp tem apoiado consistentemente diversas iniciativas nesta área, sendo a atribuição destes prémios um notório exemplo. A Fundação felicita todos os investigadores portugueses, pelo empenho e criatividade dos trabalhos apresentados”.
Nesta edição de 2020-2021, a “Fisiologia e Biomecânica do Desporto” recebeu o maior número de candidaturas (31), seguindo-se a “História e Sociologia do Desporto” (22) e “Economia, Direito e Gestão do Desporto” (18). Foi ainda apresentado um outro trabalho mas fora do contexto das referidas.
Nas edições anteriores verificou-se a seguinte participação:
1ª (2014) – 25 | 63 autores/coautores
2ª (2015) – 32 | 85 autores/coautores
3ª (2016) – 44 | 123 autores/coautores
4ª (2018) – 32 | 88 autores/coautores
5ª (2019) – 61 | 213 autores/coautores
Os trabalhos das várias edições estão disponíveis no Centro de Pesquisa e Desenvolvimento Desportivo (link: www.formacao.comiteolimpicoportugal.pt), para que possam ser consultados pelos interessados em aprofundar o seu conhecimento nas diversas áreas das ciências do desporto.