O velejador João Rodrigues, que pela sexta vez esteve presente nos Jogos Olímpicos, foi distinguido com o Prémio Especial, atribuído pelo Comité Olímpico de Portugal no decorrer da comemoração do 103º aniversário, esta quinta-feira, em Lisboa.
Esta distinção teve em conta “os serviços prestados de grande relevo ao desporto nacional e ao olimpismo” por este atleta madeirense, que não esteve presente no Museu da Marinha para receber o prémio inteiramente merecido pelo que tem feito pela vela desde que se iniciou, em 1984.
A Ordem Olímpica foi outorgada ao jurista Miguel Nobre Ferreira, pelo grande trabalho desempenhado no âmbito do apoio jurídico, na sua qualidade de Presidente da Comissão Jurídica.
Emanuel Silva e Fernando Pimenta, a dupla que conquistou a medalha de prata em Londres, receberam a Medalha Olímpica, precisamente pela conquista do 2º lugar, em k2, nos Jogos Olímpicos deste ano.
Alda Corte-Real (Ginástica) e Vítor Carvalho (CPCCRD) foram agraciados com a Medalha de Mérito, enquanto Ana Hormigo (judo), como já tínhamos divulgado, recebeu o Prémio Fair Play pela ética, de lealdade, altruísmo demonstrado na sua carreira de judoca.
O Prémio Juventude foi entregue a Tomás Araújo (Artes Marciais Chinesas) por ter alcançado “resultados” desportivos de excelência e uma boa conciliação com as actividades escolares”.
Estando a terminar o seu quinto mandato consecutivo, Vicente Moura, o presidente do COP, aproveitou para, de forma singela, enaltecer e distinguir os dirigentes e funcionários que o acompanharam, ao longo destes últimos dezasseis anos, a que se juntaram os que também ele estiveram entre 1988 e 2006, brindados com uma medalha comemorativa deste aniversário, tendo sido ainda destacados alguns dos funcionários do COP.
Foi feito um minuto de silêncio em, homenagem a um dos fundadores da AOP, Prof. Doutor Ribeiro da Silva, que faleceu no próprio dia do aniversário.
Antes do inicio do jantar, a sede do Comité Olímpico foi palco da apresentação de um livro da autoria do Dr. David Sequerra, onde passa em revista algumas das peripécias que teve de solucionar em mais de cinquenta anos neste tipo de actividade.
Nos discursos da noite, Vicente Moura sentiu-se regozijado pelo que fez pelo COP e historiou toa a sua carreira na vida desportiva, ao nível do Comité Olímpico de Portugal, desde que em 1981 foi eleito pela primeira vez numa lista liderada pelo Engº Lima Belo, representante de Portugal.
Por isso, aproveitou para atribuir, como reconhecimento pela colaboração prestada, a todos os elementos, medalhas comemorativas.
Fugindo ao habitual figurino de “critica ao governo”, Vicente Moura ficou-se pelos Blocos de partida e deixou o palco para o seu sucessor.
A fechar, Alexandre Mestre, secretário de Estado do Desporto e Juventude de Portugal enalteceu o sentido desta festa de aniversário do COP e, focando as federações, revelou que se irá manter o mesmo volume de dinheiro no apoio às federações (na ordem dos 37 milhões), que são idênticos ao de 2012 .
Salientou ainda Alexandre Mestre que deste valor vai ficar retida uma percentagem de 9%, entretanto devolvida às federações por via indirecta, ou sejam através de “géneros”.
Finalizou Alexandre Mestre o seu discurso pedindo “ajuda às federações para ajustar o melhor modelo para o desporto português”.