Na noite desta quinta-feira, o Dragão Caixa voltou a sentir a alma portista em alta, depois que Magnus Andersson modificou a equipa e montou nova estratégia.
Apostou em Sebastian Frandsen para defender as redes portistas, em Leonel Fernandes e Miguel Alves para alinharem de início nas pontas, Pedro Valdés e Djibril Mbengue como atiradores, Rui Silva para comandar o ataque e, na segunda linha, Victor Iturriza como pivô.
Artsem Karalek inaugurou o marcador, após um ataque falhado para cada lado, e foram precisos praticamente quatro minutos para o FC Porto apontar o primeiro golo, por Victor Iturriza, 1-2. Os polacos responderam com um parcial de 0-3, obrigando o técnico portista a usar o seu primeiro time-out para tentar quebrar a superioridade do Lomza Vive Kielce.
Os comandados de Talant Dujshebaev ainda chegaram ao 1-6, mas Rui Silva e Djibril Mbengue quebraram o mau momento ofensivo, com dois golos, reduzindo a desvantagem para 3-6. Mas, após um período de inferioridade numérica, o Porto não conseguiu evitar nova desvantagem de 5 golos, 3-8, volvidos 16 minutos de jogo.
Os dragões, que até então apresentavam uma defesa forte e bastante coesa, passavam por dificuldades ofensivas, muito culpa de Andreas Wolff, e Magnus Andersson orientou os seus atletas para o 7×6, que de imediato reduziram a partida para 6-8. Os polacos ainda tentaram voltar a fugir no marcador mas os azuis e brancos iam crescendo e alcançaram o empate a 10 bolas, à passagem do minuto 23, pela mão de Pedro Cruz na conversão de um livre de sete metros. E foi o mesmo Pedro Cruz, novamente através de um livre de sete metros, quem deu a primeira vantagem portista com o 12-11. Ao intervalo as equipas recolheram aos balneários empatados a 14 bolas.
Na segunda parte, o FC Porto voltou a entrar com o 7×6 e, com uma defesa consistente, construiu um parcial de 4-0, alcançando a maior vantagem até então, 18-14. Seguiu-se novo momento de recuperação polaca, com, mais uma vez, Andreas Wolff a ser o protagonista, Uladzislau Kulesh reduziu a desvantagem para apenas uma bola, 19-18. Rui Silva voltou a aparecer para quebrar os seis minutos de jogo sem qualquer jogo portista, devolvendo os dois golos de vantagem aos dragões.
Seguiram-se momentos de maior equilíbrio e tensão no Dragão Arena, mas nem por isso os homens de Magnus Andersson abrandaram o ritmo e seguiram sempre com a liderança no marcador. Nos cinco minutos finais, Fábio Magalhães, o homem do 7×6, apontou o 26-23 e a vantagem manteve-se até ao 29-26, novamente da autoria do lateral esquerdo, os polacos ainda reduziram para 29-27 mas foram incapazes de evitar a derrota.
Vitória importante para o FC Porto (7º lugar – 7 pontos), que soma dois pontos numa jornada em que SG Flensburg-Handewitt (9 pontos) e Dinamo Bucuresti (6 pontos) também pontuaram. Os dragões estão a apenas 1 ponto do sexto lugar (Motor Zaporozhye), que dá acesso aos oitavos de final da maior prova europeia de clubes.
Fábio Magalhães 5 golos (71% eficácia) e 10 assistências, foi considerado o MVP do jogo.