Fazendo jus à sua categoria e capacidade de sofrimento, o ugandês tornou-se o novo recordista mundial depois de vencer a EDP Meia Maratona de Lisboa, retirando apenas um segundo ao tempo alcançado o ano passado, em Valência, pelo queniano Kibiwott Kandie.
Aproveitando as excelentes condições climatéricas que se fizeram sentir junto ao rio Tejo, especialmente sem vento nem frio, Kiplimo deixou para trás a “lebre” logo após a passagem pelo terceiro quilómetro e decidiu aventurar-se para alcançar o seu objectivo, completando o quarto recorde mundial alcançado na competição realizada na capital de Portugal, Lisboa.
Não sendo inédito, a verdade é que o atleta ugandês conseguiu manter uma cadência quase exacta ao longo do percurso, completamente plano, para chegar ao recorde mundial ao fazer menos um segundo do anterior recordista.
Kiplimo completou os 21.097 metros no tempo de 57.31, tendo conquistado não só o recorde mundial mas também embolsado a bela quantia de cem mil euros, um prémio chorudo e destinado só aos melhores actores deste tipo de desporto.
Por detrás do ugandês, reuniu-se um grupo de dezena e meia de atletas, todos eles africanos, que foram lutando, primeiro em grupo, depois um por um, pelos melhores lugares, tentando chegar mais perto do vencedor, com dois etíopes – Huseyidin Mohamed Esa e Gerba Beyata Dibaba – a chegaram ao pódio com o mesmo tempo e a oito segundos do então aclamado vencedor.
Nove dos dez primeiros correram abaixo da uma hora, o que é extraordinário, sendo que o melhor europeu foi o suíço Morgan Le Guen, com 1.02.28, salientando-se que o melhor português foi Hermano Ferreira (1.03.33, no 17º lugar), à frente de Fábio Oliveira (1.05.18 – 23º) e Ricardo Pereira (25º, com 1.06.48).
Os melhores masculinos foram:
1º Jacob Kiplimo (Uganda) 57.31; 2º Huseyidn Esa (Etiópia) 59.39; 3º Gerba Dibaba (Etiópia) 59.39; 4º Hillary Kipkopech (Quénia) 59.41; 5º Ibrahim Bouh (Djibuti) 59.41; 6º Milkesa Tolosa (Etiópia) 59.48; 7º Antenayehu Yisma (Etiópia) 59.48; 8º Edmond Kipngetich (Quénia) 59.49; 9º Isaac Temoi (Quénia) 59.52; 10º Solomon Assie (Etiópia) 1.00.00
Na prova feminina o despique foi entre a etíope Tsehay Genechu Beyan e as quenianas Daisy Cherotich e Joyce Chepkemei, que alcançado o pódio relativamente perto um das outras, com a vencedora a completar a prova com 1.06.06, seguindo-se, pela ordem indicada, com 1.06.15 e 1.06.19, numa corrida decidida na recta final.
Não foi recorde do mundo mas acabou por ser o melhor tempo do percurso em Lisboa.
Cátia Santos foi a melhor portuguesa (11ª, com 1.11.15), seguida de Rafaela Almeida (15ª com 1.16.56), Sara Duarte (16ª com 1.19.16) e Marisa Barros (17ª, com 1.20.11)
As dez primeiras mulheres foram as seguintes:
1ª Tsehay Beyan (Etiópia) 1.06.06; 2ª Daisy Cherotich (Quénia) 1.06.15; 3ª Joyce Tele (Quénia) 1.06.19; 4ª Hiwot Gebremaryan (Etiópia) 1.08.00; 5ª Vivian Chepkirui (Quénia) 1.08.02; 6ª Ethlemahu Dessi (Etiópia) 1.08.16; 7ª Yitayish Agidew (Etiópia) 1.08.18; 8ª Jess Piasecki (Grã-Bretanha) 1.09.44; 9ª Tsige Abreha (Etiópia) 1.10.31; 10ª Debash Desta (Etiópia) 1.11.01