A 11ª ronda ficou marcada por um conjunto de factos e situações que a colocam, até agora, na mais rocambolesca da Liga Bwin’2021/2022, onde a temperatura esteve elevada nas últimas seis horas deste domingo.
Com jogos onde participaram os três “grandes”, com F. C. Porto, Sporting e Benfica a vencerem, sem demoras e sem derrapagens, o ambiente voltou a estar ao rubro, com o futebol a também entrar na “marcha do Clima”, ainda que sem resultados anormais, o que até se estranhou quando muitos talvez previssem mais sobressaltos.
Nesta ideia “diabólica” de fazer jogar os principais parceiros para a conquista do título em horas seguidas – para construir o edifício com potes suficientes para encher de financiamento, deixando de fora as regras mais elementares da ética, fair play, apostas desportivas, integridade – sem dúvida que teremos este dilema até final da competição, a não ser que haja uma reviravolta, o que também não é crível, continuaremos a assistir a folhetins quase diários, como o que respeitou na semana concluída este domingo, mormente quanto ao momento do Benfica.
Mas se assim é – e será – porque a visão é curta e até, talvez, turva – pouco mais nos resta do que “cronicar” os factos do jogo a jogo.
Assim, neste dia de quatro jogos, o Tondela começou por “ceifar” (4-2) um Marítimo que continua na cauda da tabela classificativa, num jogo em que até foram os madeirenses que estiveram sempre por cima, segundo reza a estatística da partida.
Com uma vantagem na posse de bola (57/43%), com mais remates (20-15) dos quais 11-7 para a baliza, os homens da Pérola do Atlântico não conseguiram dar a volta ao texto, deixando que os tondelenses “modelassem” a partida em seu proveito.
Para o efeito, beneficiaram de três grandes penalidades , que João Pedro (15’, 20’ e 43’) converteu em outros tantos golos, dando uma vantagem que “quebrou” nitidamente a formação insular.
Matheus Costa (75’) e Alipour (90+1’) ainda reduziram mas Pedro Augusto selou o triunfo (90+9’) bem fora de horas, sendo que com o Maritimo a jogar com menos um elemento desde os 39’, quando Pelágio foi expulso).
No Santa Clara-F. C. Porto, os portistas estiveram sempre na mó de cima e foram “moendo” sem dificuldades de maior – aproveitando a expulsão de Allano aos 63’ – face à estatística: 70/30% de posse de bola; 23-3 remates, dos quais 10-1 para a baliza, o que permitiram aos homens de Sérgio Conceição fazer três golos, com Sérgio Oliveira a abrir o activo (42’) e Luis Diaz a fechar (46 e 77’) com mais dois golos da sua conta, aumentando a vantagem na liderança dos melhores marcadores.
No Paços de Ferreira-Sporting, os leões dominaram nos remates (20-9, dos quais 8-1 para a baliza), pese embora uma posse de bola (58/42%) relativamente curta para o Sporting, que teve em Gonçalo Inácio (47’) e Pedro Gonçalves (69’) os marcadores dos golos.
Chegando ao Benfica-Braga com este plano, sem dúvida que a pressão aumentou mais junto da equipa do Benfica, pressionada ao longo da semana pelo mau desempenho frente ao Bayern (derrota de 5-2) para a Liga dos Campeões.
Com o espirito do “tudo ou nada” em mente, a equipa de Jorge Jesus entrou para “matar” logo à partida e, na verdade, o programa começou a cumprir-se com um golo obtido (2’) por Grimaldo. Sol de pouca dura porquanto Ricardo Horta (12’) empatou e a Luz quase tremeu.
Na forte pressão na posse de bola, o Benfica soube encontrar o caminho para a baliza adversária e, de forma lesta, chegou ao 4-1 num ápice. Darwin Nuñez (37’) e Rafa (42’ e 45+3’), deram a sentença final, sem hipótese de retorno, que Everton reconfirmou com os golos alcançados aos 52 e 59’.
Um 6-1 que é o resultado mais robusto da competição até ao momento. Significativo!
Na partida para mais um descanso (trabalhos das selecções), F. C. Porto e Sporting continuam a liderar, ambos com 29 pontos, seguindo-se o Benfica (28), Estoril (20), Braga (19), Portimonense (17), Guimarães (16), Gil Vicente (13), Tondela (12), Paços de Ferreira e Boavista (11), Arouca, Vizela e Famalicão (10), Moreirense e Belenenses SAD (8), Marítimo (7) e Santa Clara (6).
Nos marcadores, Luis Diaz (F.C.Porto) soma agora 9 golos; Taremi (FCPorto) e Banza (Famalicão), ambos com 7, seguindo-se Fran Navarro (Gil Vicente), com 6; André Luis (Moreirense), André Franco (Estoril), Darwin Nuñez (Benfica), Ricardo Horta (Braga) e Rafa (Benfica), todos com 5; Iuri Medeiros (Braga), Yaremchuck (FCPorto), Sauer Boavista), Samuel Lino (Gil Vicente) e Pedro Gonçalves (Sporting), todos com 4.
A competição regressará aos relvados a partir do dia 26 de Novembro corrente.