Jacob Kiplimo, campeão do mundo da Meia Maratona foi confirmado, esta quarta-feira, no 30º aniversário da EDP Meia Maratona de Lisboa, que aproveitou para lançar, a propósito, o livro comemorativo dos 30 anos da prova mais popular de Portugal.
Marcada para 21 do corrente mês de Novembro, a prova mais volta a partir da Ponte 25 de Abril depois do interregno devido à pandemia.
No mesmo dia e com uma diferença de 35 minutos, é dada a partida da Vodafone 10K, prova com um percurso de 10 km cronometrados, que substituiu a tradicional Mini Maratona, mas que mantém o seu caracter popular, convidando milhares de participantes a percorrer a distância ao seu ritmo preferido.
Depois de salvaguardadas todas as precauções listadas pela DGS, estão reunidas as condições para voltarmos a ter uma verdadeira festa do atletismo, numa data histórica e que o Maratona Clube de Portugal decidiu assinalar, no Museu da Electricidade, com um livro que reúne histórias e fotografias de 30 anos de provas. O livro “30 anos de Histórias” foi escrito pelo jornalista António Simões e conta com o prefácio de Jacinto Lucas Pires (filho de um dos fundadores do clube, Francisco Lucas Pires).
De acordo com Carlos Moia, “este regresso tem um sabor especial. É o regresso ao normal e com um motivo adicional para festejar. São 30 anos de corridas, de histórias e de desafios! O carinho dos participantes e o apoio dos nossos patrocinadores têm sido absolutamente extraordinários e é com todos eles que queremos comemorar este número redondo de edições”.
O presidente do Maratona Clube de Portugal acrescentou que “esta comemoração tem três pontos altos: a presença em Lisboa do campeão do mundo, Jacob Kiplimo, a nova distância da minimaratona que agora terá 10 km cronometrados e o lançamento do livro que hoje revelamos. Parafraseando o Jacinto Lucas Pires, que escreveu o prefácio do livro, ´a travessia da ponte 25 de Abril é o grande ritual de sanidade física, mental e espiritual da cidade de Lisboa’. Estamos prontos!”
Na oportunidade, a campeã olímpica e primeira vencedora desta prova, em 1991, Rosa Mota, salientou que “apesar do medo de passar pela ponte, em especial na parte em que se corre por cima da parte metálica, com o mar aos nossos pés, a missão foi cumprida, porquanto estiveram presentes milhares de pessoas a correr, que era o objectivo a atingir”.
Quanto ao livro, o autor salientou que “mais do que ser um historiador, gosto de ser um contador de histórias”, que as transpôs para o livro sob uma visão do seu estilo como, por exemplo, ao colocar em relevo a frase “como Rafael Marques pôs Carlos Lopes e Fernando Mamede a ganharem mais dinheiro” ou “para fazer a melhor equipa da Europa, fez a Meia Maratona de Lisboa” ou, ainda, “os caminhos cruzados de Vivian Cheruiyot e de Mosinet Geremew: foram ambos pastores, são ambos polícias…”
Carlos Móia adiantou também que “mais de meio milhão de participantes em todas as provas que o Maratona organizou; com o recorde mundial batido por três vezes; com atletas de 106 países e um máximo na ordem de 35.000 presenças nas últimas meias-maratonas, por certo que são números esclarecedores quanto à qualidade internacional da prova”.
De realçar que a organização oferece um bónus de EUR 100.000,00 (cem mil euros) ao atleta que consiga bater nesta edição o recorde do mundo, tanto no feminino, como no masculino.
Gustavo Monteiro, administrador da EDP Comercial, bem como o CEO da Vodafone, tiveram oportunidade de cimentar o apoio das referidas empresas no apoio que tem assumido à respectiva organização, mormente pelo impacte que tem junto da população no que se refere às boas práticas de actividades físicas, indispensável para uma melhor saúde, para além do aspectos comerciais que se possam enumerar.
Uma linha seguida por João Paulo Rebelo, Secretário de Estado da Juventude e Desporto, porquanto com “energia positiva, a EDP tem prestado um contributo inestimável, assim como a Vodafone e o IPDJ” como que numa frente comum de relevo para o apoio à actividade física.
À semelhança das edições anteriores, a EDP Meia Maratona de Lisboa contará um grupo de atletas de elite de renome, em que se destaca o ugandês Jacob Kiplimo, campeão mundial dos 21 km, com o tempo de 57.37, obtido em Valência em Dezembro de 2020. A par do campeão do mundo, o pelotão da elite contará com mais 12 atletas de topo incluindo três atletas com registos dentro dos 58 minutos: Kennedy Kimutai (58.28), Kelvin Kiptum (58.42) e o Stephen Kissa (58.58)
No lado feminino a qualidade abunda, contando com a presença de três atletas com marcas abaixo dos 66 minutos, Joan Melly (65.04), Tsehay Gemechu (65.08) e Hawi Feysa (65.41), devidamente acompanhadas por mais quatro atletas abaixo dos 68 minutos. Com este elenco de luxo, o recorde mundial feminino em posse de Peres Jepchirchir, com o tempo 65.16 conseguido em Gdynia, no ano passado, está ameaçado. Nota ainda para a etíope Hiwot Gebrekidan (melhor marca em 66.41), que chega à prova da capital portuguesa dois meses depois de ter sido segunda na Maratona de Berlim.
Em conformidade com o plano de contingência acordado com as autoridades, os participantes, no levantamento dos kits de participação, terão que apresentar obrigatoriamente um certificado digital de vacinação/recuperação ou um comprovativo oficial de um teste negativo à Covid-19 válido (poderá ser um teste rápido ou de um teste PCR).