Quarta-feira 27 de Novembro de 2024

Iúri Leitão sagrou-se vice-campeão mundial de ciclismo em pista em França

Ciclismo-MundialPista-Yuri-24-10-2021

Bettini Photo

Portugal fechou o Campeonato do Mundo de Pista, este domingo, em Roubaix (França), com a medalha de prata conquistada por Iúri Leitão em Eliminação, enquanto João Matias e Rui Oliveira, (Madison), e Maria Martins (corrida por pontos), concluíram no sexto lugar.

A última corrida do programa foi a que deu a Portugal uma medalha. Depois de, no sábado, ter mostrado estar em excelente forma ao longo de todo o concurso de Omnium, saindo das posições de pódio apenas no derradeiro sprint da última corrida, Iúri Leitão confirmou hoje a capacidade física e táctica na disciplina de Eliminação.

A prova até começou com algum sobressalto para o vianense, que salvou duas eliminações com pouca margem. Só que o representante de Portugal subiu no pelotão e acabou a fazer uma exibição muito personalizada, alternando períodos em cabeça de corrida com outros em que vinha mais atrás, mas em que demonstrou clara facilidade para eliminar os rivais e reposicionar-se.

Foi Iúri Leitão que fez a selecção final dos homens que ficaram com o pódio. Menos disponível fisicamente, o russo Sergei Rostovtsev teve de contentar-se com a medalha de bronze. Iúri Leitão enfrentou uma das maiores estrelas internacionais do ciclismo de estrada e de pista, o italiano Elia Viviani, que venceu.

A dupla formada por João Matias e Rui Oliveira marcou a presença nacional em disciplinas olímpicas neste domingo, competindo nos 50 quilómetros (200 voltas) do Madison. A competição, intensa e muito rápida (média de 57,307 km/h), marcou um fosso entre as selecções mais fortes e as menos capazes. Das 17 equipas que iniciaram a corrida, sete perderam voltas para o pelotão e seis conseguiram dobrar o grupo principal.

João Matias e Rui Oliveira estiveram entre os corredores que se adiantaram face ao pelotão, conseguindo 20 pontos com a volta de avanço, aos quais somaram sete em sprints intermédios, num total de 27. Foi um desempenho que valeu à equipa nacional a sexta posição. A luta pelo pódio foi equilibrada, englobando cinco duplas, separadas por dez pontos.

Os mais fortes foram os dinamarqueses Lasse Norman Hansen e Michael Mørkøv, com 68 pontos, seguido-se os italianos Simone Consonni e Michael Scartezzini, com 64, e os belgas Kenny de Ketele e Robbe Ghys, com 62.

Maria Martins foi a primeira portuguesa a entrar em cena neste domingo, competindo numa electrizante corrida por pontos. A prova, disputada pela grande maioria das melhores corredoras de pista de cada país, foi disputada em toada de ataques constantes. Isto traduziu-se no facto de dez das vinte participantes terem dado, pelo menos, uma volta de avanço ao pelotão.

Maria Martins esteve entre as mais bem sucedidas na dobragem às rivais, somando duas voltas de vantagem. Além disso, conseguiu um ponto num dos sprints intermédios, o que lhe valeu somar 41 pontos. Este desempenho colocou Maria Martins como sexta classificada. A vencedora foi a belga Lotte Kopecky, única ciclista a somar três dobragens, que finalizou com 76 pontos, mais quatro do que a britânica Katie Archibald e mais 16 do que a neerlandesa Kirsten Wild, que também garantiram a presença no pódio.

De acordo com o referido ao site da Federação Portuguesa de Ciclismo, Gabriel Mendes, seleccionador nacional, salientou que “cumprimos todos os objectivos a que nos tínhamos proposto. Fizemos um campeonato de excelência e hoje fechámos com a medalha, que foi um prémio para toda a equipa. Estamos orgulhosos do desempenho e dos resultados que obtivemos”.

 

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