Miguel Monteiro e Norberto Mourão os heróis da Gala Paralímpica e Surdolímpico onde Nuno Alpiarça foi levado ao céu!

CPP

Antes de mais esclareça-se que o título prima por virtudes, nos primeiros casos porque foram os únicos atletas paralímpicos que obtiveram medalhas nos Jogos Paralímpicos’2020 (concretizados em 2021).

No terceiro, porque se recordou o antigo atleta do Sporting, Nuno Alpiarça, que teve oportunidade de ser treinador e guia de alguns dos nomes mais sonantes do atletismo paralímpico, que os levou ao lugar mais alto do pódio.

Foi a homenagem mais sentida, também mais sofrida, porquanto Nuno Alpiarça faleceu jovem – com apenas 53 anos de idade – quando muito tinha ainda para dar a esta causa, pelas suas qualidades de ser humano, sempre disponível para lutar e ajudar os seus atletas a atingir a fama paralímpica durante vários anos.

Este foi, sem dúvida, o ponto mais alto de uma noite que, em pleno Parque de Monsanto, foram ainda distinguidos todos os atletas que obtiveram resultados de proa, bem como outras figuras da vida pública, na área do jornalismo, dos dirigentes e até da política, com os Secretários de Estado da Inclusão das Pessoas com Deficiência (Ana Sofia Antunes) e da Juventude e Desporto (João Paulo Rebelo) a fechar o leque, no período que decorreu entre 2019 e 2021, cujas Galas não foram passíveis de realização face à pandemia que se registou em todo o mundo.

Segundo o Comité Paralímpico de Portugal, este tradicional encontro anual “foi uma verdadeira celebração do movimento paralímpico e surdolímpico, que reuniu atletas, treinadores, representantes federativos e diversos convidados institucionais com relação a esta dimensão desportiva”.

A noite foi repleta de distinções a atletas pelas conquistas em Campeonatos da Europa e do Mundo desde 2019 e nos Jogos Paralímpicos Tóquio 2020 com as Medalhas de Mérito e Medalhas Paralímpicas e a instituições como as Federações Portuguesas de Atletismo, Badminton, Canoagem e Natação com o Troféu Paralímpico.

Houve ainda oportunidade para a atribuição de Prémios de Inclusão pelo Desporto, do Prémio Jornalismo Desportivo vencido por Horácio Antunes, de Insígnias Paralímpicas a Luís Figueiredo e a Leila Marques Mota, e de cinco Ordens Paralímpicas.

Nuno Alpiarça (a título póstumo, a que nos referimos na abertura), Carlos Lopes (atleta invisual e a quem muito se deve a luta pela emancipação do desporto para portadores de deficiência), a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. Ao longo de uma noite memorável foram entregues 36 distinções, cujo quadro se apresenta: