Segunda-feira 25 de Novembro de 5929

Golos de Ronaldo “derrubaram” o Luxemburgo a partir dos oito minutos de jogo

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Diogo Pinto / FPF

Com dois golos marcados nos primeiros doze minutos de jogo – ambos de grande penalidade – Portugal depressa começou a “despachar” para “canto” a equipa do Luxemburgo, na partida em que o Estádio do Algarve registou a presença de 18.553 espectadores.

Duas arrancadas bem-sucedidas, ante uma certa apatia (quiçá desconcentração) da defesa luxemburguesa, levaram a que a formação lusa beneficiasse de duas grandes penalidades, ambas bem assinaladas pelo árbitro do jogo (posteriormente confirmadas pelo VAR), que viajou de França e dá pelo nome de Benoit Bastien.

Na primeira (8’), Bernardo Silva é carregado à entrada da grande área, conseguiu entrar na zona proibida a toques e voltou a ser tocado por um defesa (distraído), a confirmar a falta máxima. Chamado à marcação, Ronaldo não fez “fitas” e rematou frontalmente, a meia altura, quando o guarda-redes se mandou para a direita da baliza.

Dois minutos depois (10’), é Ronaldo que se isola na pequena área, o guardião Moris saiu ao encontro do avançado português, que adiantou a bola, colocando as mãos nos pés do campeão dos campeões lusos, levando-o ao chão.

Chamado à cobrança Ronaldo fez o 2-0, ainda que o guardião tenha adivinhado o lado para onde Ronaldo chutou, mas impotente para conseguir chegar à bola. Um golo que não foi validade, porque André Silva entrou na grande área antes da bola ser batida pelo capitão da equipa nacional.

Lugar à repetição da marcação e, uma vez mais, Ronaldo voltou a marcar (13’), desta vez de forma oficial, colocando o resultado no 2-0 real.

Duas jogadas, dois golos, meio caminho andado para um triunfo que acabou por ser facilitado desde o início, num domínio português sem mácula, ainda que nem por isso muito superior (56/44% no primeiro tempo).

Mantendo maior poder ofensivo, Bruno Fernandes chegou ao 3-0 (17’), depois de um passe de Bernardo Silva ter lançado o avançado luso pela direita, com um ângulo mínimo para obter sucesso, mas em que, após o remate forte e rasteiro, o guardião Moris acabou por dar uma “mãozinha” ao permitir que a bola batesse na mão e se desviasse para dentro da própria baliza.

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Diogo Pinto / FPF

A partir daí, o ritmo de jogo baixou nitidamente, permitindo aos luxemburgueses equilibrarem a partida, ainda que sem jogadas de grande perigo, porquanto Rui Patrícia teve uma noite relativamente calma, ainda que atento e a confirmar que estava atento numa ou duas situações de maior perigo que surgiram.

No segundo tempo, Portugal perdeu mais uma oportunidade de elevar o marcador, com a baliza toda a aberta, mas a bola fez um conjunto de carambolas, ora batendo nas pernas e corpos dos jogadores portugueses, ora nos luxemburgueses, e o perigo passou.

Palhinha (56’) falhou o 4-0 ao desviar a bola para fora da baliza no seguimento de um livre cobrado por Nuno Mendes (que esteve excelente a municiar o ataque), jogador que teve outra oportunidade (69’), saltando mais alto do que os restantes elementos mas a bola subiu por cima da barra.

No minuto anterior, Ronaldo teve outra oportunidade, desta vez ao fazer uma bicicleta que levou a uma grande defesa, por cima da barra, do guardião Moris, surgindo (71’) o maior desafio para Rui Patrício a ser obrigado a esticar-se para desviar a bola da sua baliza e remetê-la para canto.

A três minutos dos 90’, Ronaldo fechou a conta (5-0) com um golo marcado à boca da baliza, onde surgiu isolado e cabeceou (centro de Ruben Neves) entre o poste e o guarda-redes.

Com os “peso-pesados” (os mais antigos) a marcar presença desde início, a equipa confirmou-se nesta partida, ainda que continue atrás (por um ponto) da Sérvia no grupo A de apuramento para o Mundial’2022, que esta terça-feira recebeu e venceu (2-1) o Azerbaijão.

Portugal tem a vantagem de jogar mais duas vezes, sendo a próxima na deslocação à Irlanda, recebendo a Sérvia na última partida, em Portugal. Para se fixar no primeiro lugar (apuramento directo para a fase final), a formação lusa precisa de vencer os irlandeses.

O empate serve mas obriga, no mínimo, a novo empate frente à Sérvia, já que no desempate por golos a vantagem é portuguesa.

A equipa nacional alinhou com Rui Patrício; João Cancelo, Pepe, Ruben Dias e Nuno Mendes; João Palhinha (Ruben Neves, 73’), Bruno Fernandes (Matheus Nunes, 80’) e João Moutinho (João Mário, 65’); Bernardo Silva (Gonçalo Guedes, 80’), Ronaldo e André Silva (Rafael Leão, 73’).

Fernando Santos, seleccionador nacional, ao site da FPF, salientou que “o último jogo do grupo vai ser decisivo, em qualquer circunstância. Mesmo se ganharmos o próximo a única coisa é que passamos a depender de dois resultados para a Sérvia. Mas não podemos pensar assim. Nenhuma equipa está fora antes do último jogo”, tendo acrescentado que “estivemos muito bem até aos 25 minutos. Depois passámos a jogar muito à pressa. Em vez de ser depressa, como estávamos a fazer, com um dois toques e com segurança, começámos a querer chegar lá muito rápido. Isso ficou a dever-se a termos marcado mais golos na primeira parte. Permitimos que o Luxemburgo tivesse mais bola. Depois melhorámos na segunda parte, entrámos muito bem outra vez. Sempre que estivemos equilibrados e organizados criámos ocasiões. O Luxemburgo é uma equipa que gosta de jogar e queria jogar mas nós não permitimos”.

Rui Patrício era um homem feliz, não só pelo triunfo mas porque, esta terça-feira, cumpriu 100 internacionalizações pela Selecção A de Portugal.

A esse propósito, Patrício referiu ao site da FPF que “hoje consegui chegar às 100 internacionalizações. É sem dúvida um grande orgulho, para mim, a minha família, os meus amigos e quem me acompanhou ao longo dos anos”.

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