Quando menos se esperava, numa partida em que dominou tudo e todos, em toda a latitude, o Benfica foi surpreendido por uns algarvios atrevidos que chegaram ao Estádio da Luz para fazer o melhor, quiçá nunca pensando conquistar três pontos.
Mas o Futebol tem destas coisas e, ainda que se domine tudo, nem sempre o dominador consegue chegar ao fim em vencedor, como ora se verificou, fazendo com que o Benfica perdesse e permitisse uma aproximação tangencial do F. C. Porto e Sporting, que ficaram apenas a um ponto, pese embora a procissão desta nova Liga Bwin ainda vá no adro da Igreja.
Pelo menos, ficou o alerta, pelo que há que ter mais cuidados para evitar eventuais outras “escorregadelas”, numa altura em que a dicotomia Liga dos Campeões-Campeonato Nacional parece estar a surgir no horizonte.
É que, por algumas notas soltas que tem surgido, a sobrecarga de jogos e o pouco tempo para treinar não se interligam muito bem, a que se juntam ainda os jogos das selecções nacionais para “ajudar à festa”.
Seja pelo que for, cabe aos gestores analisarem os respectivos processos.
Em relação à partida deste domingo, o Benfica produziu 24-5 em remates, dos quais 7-3 para a baliza, numa posse de bola de 69/31% – uma mera estatística que, algumas vezes, corresponde ao real (dá em vitória), noutras, foi o que se viu.
Samuel, o guarda-redes dos visitantes foi o herói da noite – uma boa mão cheia de defesas “esfrangalhou” o sistema nervoso de toda a gente benfiquista – que os jogadores de vermelho não conseguiram reverter a seu favor e o que aconteceu está à vista.
O golo do Portimonense foi obtido por Possignolo (66’), que, de cabeça, enfiou a bola na baliza de Odysseas, na sequência de um pontapé de canto marcado contra o Benfica.
Sem chama nem alma e muito menos sangue frio, o sonho de vencer desfez-se.
O Belenenses SAD e o Tondela abriram este último dia de jogos correspondentes à 8ª jornada, também com a surpresa de os tondelenses terem ido a Leiria vencer por 2-0, com golos obtidos por Pedro Augusto (3’) e Murillo (65’).
O Belenenses rematou mais (13-11), pese embora para a baliza apenas tenha feito dois remates contra os 6 do Gil Vicente, numa posse de bola caseira de 54/46%.
No Estoril, a equipa sensação até esta altura, apenas conseguiu ter maior posse de bola (56/44%) porquanto nos remates os gilistas foram superiores: 22-15 em remates, dos quais 9-4 para a baliza, o que justificou o resultado final.
Os golos foram apontados por Rui Fonte (11’) que abriu o activo para os da casa, tendo os forasteiros empatado (42’) por intermédio de Samuel Lino, com os estorilistas a chegar à vantagem (2-1) no final da primeira parte, na marcação de uma grande penalidade, convertida por André Franco. O Gil Vicente empatou (50’) por Navarro.
A fechar o programa, o Braga também perdeu terreno para os primeiros, ao empatar (em casa) frente ao Boavista, depois dos bracarenses terem dominado toda a partida: 68/32% na posse de bola, 13-7 em remates, dos quais 8-2 para a baliza.
Musa abriu o marcador para os forasteiros (12’), tendo o Braga empatado (25’) por Iuri Medeiros. No segundo tempo, o Braga adiantou-se (52’) por intermédio de Ricardo Horta mas Yusupha chegou ao empate (89’).
Na classificação, o Benfica continua a liderar, com 21 pontos, seguido do F. C. Porto e Sporting (ambos com 20), Estoril (15), Portimonense (14), Braga (13), Guimarães e Boavista (10), Paços de Ferreira, Gil Vicente e Tondela (9), Vizela (8), Marítimo e Moreirense (7), Santa Clara (6), Arouca (5), Belenenses SAD (4) e Famalicão (3).
Nos marcadores, o portista Luis Diaz continua no comando (6), seguindo-se Fran Navarro (Gil Vicente), com 5; Darwin Nuñez e Yaremchuck (Benfica), Iuri Medeiros e Ricardo Horta (Braga), Taremi (F.C.Porto), André Luís (Moreirense), Sauer (Boavista), todos com 4; Toni Martinez (FC Porto), Pedro Gonçalves (Sporting), André Franco (Estoril) e Samuel Lino (Gil Vicente), todos com 3 golos.
Face aos compromissos das selecções nacionais e Taça de Portugal, a Liga Bwin regressa aos relvados no dia 22 deste mês de Outubro.