Nunca antes visto! Pela primeira vez na história do desporto português e, em especial na Canoagem, Portugal obteve seis medalhas no Mundial de Velocidade, polindo o ambiente em Copenhaga (Dinamarca) com o hino nacional na conquista do ouro por parte de Fernando Pimenta.
Depois de se ter consagrado campeão mundial no K1 1000 metros, Fernando Pimenta guardou ainda forças para, no último dia da competição, conquistar ainda a medalha de prata no K1 5000 metros, mostrando a sua força e raça de português de “antes torcer que partir”, conseguindo uma dupla presença no pódio, nada a que não esteja habituado, mas para aumentar significativamente o seu currículo mundial.
Na prova deste domingo, Pimenta voltou a estar em grande nível, ficando apenas a 23 centésimos do ouro mas conquistando a prata com o tempo de 20.03,19 contra os 20.02,96 do novo campeão mundial, o húngaro Balint Noe.
Mas como o dia tinha começado sob o signo da referida prata, terminou da mesma forma, porquanto foram três medalhas de cor prateada alcançadas no último dia da competição.
João Ribeiro foi outro prateado ao ser segundo no K1 400 metros, com o tempo de 1.39,88, atrás do húngaro Mikita Borykau, com 1.38,17.
Messias Baptista e Francisca Laia também foram segundos no K2 Misto, com 39,98 depois da dupla campeã húngara formada por Anna Lucz e Kalos Csizmadia, com 34,34.
A outra medalha de prata foi alcançada pelo K4 500 metros, formação composta por João Ribeiro, Messias Baptista, Kevin Santos e Ruben Boas.
A sexta medalha foi alcançada pelo canoísta paralímpico Norberto Mourão, ao conquistar o bronze no VL2 200 metros.
Outro factor de relevo foi o facto de Messias Baptista, Fernando Pimenta e João Ribeiro terem alcançado duplas medalhas, o que também um feito ímpar desta jornada mundial para a canoagem portuguesa.
Neste último dia, Teresa Portela foi 6ª classificada na final do K1 500 metros, com o tempo de 1.51,97, em prova ganha pela neozelandesa Aimee Fischer, com 1.48,08, enquanto Kevin Santos foi 9º na final do K1 200 metros, com 36,44, em prova ganha pelo italiano Andrea Di Liberto, com 34,78.
Depois dos Jogos Olímpicos de Tóquio2020, onde Potugal alcançou o maior número de medalhas de sempre, este exemplo suplementado no mundial de canoagem pode ser o “grito do Ipiranga” para o desporto nacional.
Factos que devem ser realçados, agora que o relançamento para os Jogos Olímpicos de Paris 2024 já estão em equação.