Dois atletas paralímpicos russos da modalidade de halterofilismo foram sancionados pelo facto de terem acusado substâncias proibidas em Londres, como foi o caso da hormona de crescimento.
A recolha do liquido orgânico foi feita fora de competição mas já em Londres, em 23 e 25 de Agosto – antes do início dos Jogos Paralímpicos – a Nikolay Marfin e Vadim Rakitin, este último a ter participado na prova dos -90 km, em 4 de Setembro, dia em que chegaram os resultados do controlo, pelo que o resultado obtido foi anulado, enquanto Marfin não chegou a competir.
Os dois atletas, em sede de audição, admitiram terem injectado a hormona de crescimento e, para além da suspensão de quatro anos, terão ainda que pagar uma multa de 1.500 euros.
Segundo Toni Pascual, responsável pelo departamento antidopagem do International Paralimpic Comitee, salientou que “este é o primeiro caso detectado, no mundo, através dos novos métodos de despistagem de substâncias proibidas, porquanto foram estreados em Londres”.
De acordo com o mesmo responsável, o novo método permite despistar a substância num período mais longo, contrariamente ao que existia, que só a detectava num período menor.
Luta contra a dopagem
O papel da indústria farmacêutica em debate
A Agência Mundial Antidopagem (AMA/WADA) vai promover, no âmbito da campanha “Desporto Limpo”, uma conferência internacional que vai colocar frente a frente representantes da indústria farmacêutica mundial e a AMA.
Intitulada “Novas parcerias para o desporto impo na Sociedade”, este encontro é de extrema importância para se encontrar uma plataforma (através de parcerias) que levem a indústria a “não criar substâncias dopantes que sejam utilizadas para atentar contra a verdade desportiva e, essencialmente, a “destruição” do ser humano.
Este encontro mundial terá lugar em Paris, no dia 12 de Novembro próximo.
Esta será uma inovadora reunião sobre a luta contra a dopagem no desporto, estando ainda presentes representantes do Conselho da Europa, da ONU (UNESCO) – no âmbito da educação, da ciência e da cultura, para além da AMA/WADA, através do seu presidente, John Fahey, sendo que o Comité Olímpico Internacional também integrará o painel dos “experts”.
