Quinta-feira 21 de Novembro de 2024

K4 500 garantiu, na Canoagem, o 14º diploma para a Equipa Portugal em Tóquio 2020

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Na véspera (este sábado) do encerramento dos Jogos Olímpicos de Toquio2020, a Equipa Portugal conquistou o 14º Diploma, superando mais uma marca que tinha sido estabelecida em Atenas 2004.

Coube à tripulação de K4 500, da Canoagem de velocidade, formada por Emanuel Silva, João Ribeiro, Messias Baptista e David Varela, com o 8.º lugar na final, selar mais um momento histórico.

Antes do êxito do K4 500, o final de noite de sexta-feira e princípio da madrugada deste sábado foi vivido de uma forma algo dramática face ao que se verificou na prova feminina da maratona, referindo-nos no Atletismo.

Em especial pelo facto de Sara Moreira ter tido um problema de origem desconhecida, provavelmente surgida pela alta temperatura que se fazia sentir, aliada a um elevado grau de humidade, levando a atleta a cair, desmaiar, ser assistida e, felizmente, recuperar totalmente, como se ela própria referiu nas suas redes sociais.

Mais resistente, a melhor lusa foi Carla Salomé Rocha, que terminou no 30º lugar, com o tempo de 2.34.52, a 7 minutos e 32 segundos da campeã olímpica, a queniana Peres Jepchirchir (2.27.20).

Na prova disputada em Sapporo e que foi antecipada no horário, devido às condições difíceis provocadas pela temperatura (29 graus) e humidade (69%), a atleta da Equipa Portugal passou à meia-maratona em 1.15.40, na 27ª posição, a 26 segundos da líder.

Sara Catarina Ribeiro terminou na 70ª posição, com 2.55.01, a 24.41 da medalha de ouro, deixando atrás de si três atletas, entre as 73 que finalizaram a maratona. A meio da corrida era 67ª, em 1.17.54, a 2.40 do 1.º lugar.

Abandonaram 15 concorrentes, entre as quais Sara Moreira, cujo último tempo de referência se reporta à meia-maratona, quando era 75ª, em 1.18.58, a 3.44 da líder.

Na Canoagem, a embarcação do K4 500, composta por Emanuel Silva, João Ribeiro, Messias Baptista e David Varela terminou no 8º lugar da final, com o tempo de 1.25,324.

A prova foi dominada desde o início pelo trio de embarcações que viria a terminar nas três primeiras posições: Alemanha, Espanha e Eslováquia.

A presença do K4 português na final foi garantida após ter sido 4º classificado na meia-final, com o tempo de 1.25,268.

Para Messias Baptista, “sonhamos sempre mais alto, queremos sempre o melhor resultado.

Acho que devemos ficar orgulhosos com a nossa prova. Chegámos ao fim perto das embarcações todas. Isto é alta competição, uma final olímpica e, às vezes, estarmos no nosso melhor não chega, mas saímos de cabeça erguida”.

Segundo David Varela, “cada prova é uma prova e esta era a final. Fizemos a prova como tal, uma final, e acabámos sem nada. As sensações eram boas, simplesmente há dias em que as coisas não saem. É uma prova de quatro em quatro anos e toda a gente aponta para o mesmo. Não podemos ter vergonha daquilo que fizemos. Ambicionávamos mais, mas é o que temos para levar para casa.”

Para João Ribeiro, “fizemos o nosso melhor. O nosso valor é um 8.º lugar e temos de ficar de consciência tranquila. Somos os oitavos melhores do mundo”.

Terminando, Emanuel Silva salientou que “está a custar a digerir. Nós passámos mais de 250 dias fora de casa, esta é a segunda família. Queríamos mais, claro que queríamos, ambicionávamos mais. Nós treinámos a pensar numa medalha olímpica. Saímos com um 8º lugar, não estamos insatisfeitos, mas queríamos mais”

Para culminar estes Jogos Olímpicos de Tóquio2020, a ciclista Maria Martins estreia-se nos Jogos a participar na competição de Omnium, que comporta quatro vertentes, ou seja, quatro corridas, pelas 2h00, 2h45, 3h26 e 4h25 desta madrugada de domingo.

Fiquemos na expectativa de que, como o provou no Mundial, possa chegar às medalhas de cada um dos sectores e, com isso, ficar também no pódio geral, o que poderá corresponder a mais do que uma medalha.

Seguir-se-á a Cerimónia de Encerramento destes atípicos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 mas em que – o que se deve realçar desde já – o ser humano foi o grande vencedor porquanto, contra tantas adversidades, conseguiu garantir a realização do maior evento desportivo planetário, ao mesmo tempo que o mesmo mundo despertou, esperamos, para os perigos a que estamos sujeitos no dia-a-dia e que possam estar atentos aos desafios que se vão seguir, activando meios de detecção e protecção e não de reacção.

Boa sorte #Equipa Portugal

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