(c) Di Feliciantonio Emanuele
Catarina Costa obteve um excelente quinto lugar no Judo (48 kg) depois de afastar a campeã olímpica, não tendo tido a felicidade de chegar ao bronze, que esteve no seu horizonte depois de ter perdido (ippon), nos quartos-de-final, com a ucraniana Daria Bilodid.
Catarina começou por vencer a azeri Aisha Gurbanli (waza-ari) e a chinesa Yanan Li (ippon), cedendo ante Bilodid para, na repescagem, derrotar a campeã olímpica Paula Pareto (Argentina), por waza-ari, pensando-se que o caminho estava aberto estava ainda aberto para o pódio.
Só que a mongol Urantsetseg Munkhbat não esteve pelos ajustes e derrotou Catarina atrvés de um ippon “fatal”.
Sobre a prova Catarina comentou que “sinto-me orgulhosa pelo trajecto que fiz hoje, por cada combate, por cada momento que vivi naquele tapete”, tendo acrescentado que “o meu objectivo é regressar em Paris 2024 mas, acima de tudo, quero continuar a fazer o meu trabalho como o tenho feito até hoje. Quero deixar uma palavra de agradecimento ao meu treinador [João Neto], que acreditou em mim desde o início.”
Foi uma magnífica abertura portuguesa nestes Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, que deu lugar ao primeiro Diploma Olímpico.
No ciclismo, João Almeida obteve um excelente 13º lugar na prova de fundo, numa corrida de 234 quilómetros, ganha pelo equatoriano Richard Carapaz.
A prova, disputada de forma muito cerebral, premiou os corredores e as selecções que fizeram uma melhor gestão táctica em detrimento daqueles que se mostraram mais voluntariosos.
Uma fuga, de bandeirada, juntou oito homens na frente. Chegaram a ter 20 minutos de vantagem, mas, com a passagem dos quilómetros, foram perdendo elementos e viram encolher a diferença para o pelotão, até serem absorvidos, 48 quilómetros antes do final da corrida.
As selecções da Bélgica e da Eslovénia destacaram-se na perseguição, a ritmo certo. A Itália tentou mexer com a corrida com acelerações em momentos fulcrais. Foram as movimentações transalpinas que mostraram a debilidade de algumas selecções, como a espanhola ou a francesa.
Nos primeiros 200 quilómetros, João Almeida e Nelson Oliveira mantiveram-se sempre junto dos melhores. O bairradino teve um desempenho exemplar na protecção e na colocação do chefe-de-fila.
(c) Sabau Gabriela
A 38 quilómetros da chegada, o recente vencedor do Tour, Tadej Pogačar, desferiu um poderoso ataque que dinamitou por completo o pelotão. João Almeida, numa primeira fase, conseguiu aguentar a pedalada dos mais fortes, mas acabaria por perder o contacto ainda antes do topo.
A 6 quilómetros da meta, instalada na terceira passagem pelo autódromo de Fuji, Carapaz aproveitou um último topo e isolou-se para vencer, solitário, com 6h05m26s. No sprint pelas restantes medalhas, o belga Wout van Aert bateu o esloveno esloveno Tadej Pogačar, encabeçando o grupo que cortou a meta a 1m07s.
João Almeida chegou integrado no segundo grupo mais numeroso, estreando-se nos Jogos Olímpicos com a 13.ª posição na prova de fundo, a 3m38s. Depois de cumprida a missão laboriosa, Nelson Oliveira terminou no 41.º lugar, a 10m12s.
O seleccionador nacional, José Poeira, ficou satisfeito com o desempenho dos dois corredores, tendo salientado que ”o Nelson fez um trabalho de excelência, durante toda a corrida. Trabalhou muito e deu excelentes indicações, porque só descolou já numa fase avançada da corrida. O João esteve perto de conseguir entrar na discussão do top 10, que era o objectivo”.
COP
João Almeida, por seu lado, referiu que “faço um balanço positivo da minha estreia nos Jogos Olímpicos. Tive boas sensações e força, mas notou-se a falta de ritmo. Logo no início estive um pouco bloqueado, mas notou-se mais com o avançar da prova e com o acumular dos quilómetros. Tenho de agradecer ao Nelson Oliveira pelo imenso trabalho que fez, ajudando-me na hidratação, colocação e força anímica. Agora, há que recuperar para dar tudo no contra-relógio”.
Nelson Oliveira foi 41º, a 10’12” do vencedor, numa prova em que terminaram 82 dos 130 ciclistas inscritos.
Na competição equestre de Dressage, a Equipa Portugal finalizou o primeiro dia das qualificações do Grand Prix no 5.º lugar, com uma pontuação de 4602.5, num total de 15 participantes. A pontuação representa o agregado das participações de Maria Caetano, em Fenix de Tineo, e Rodrigo Torres, em Fogoso, que terminaram o grupo B e o grupo C da qualificação de Grand Prix individual, respectivamente, no 4.º e 5º posto, com 70.311 e 72.624.
Falta competir João Torrão, em Equador, que fará somar os pontos obtidos ao total da equipa e pontuará também para o Grand Prix individual.
Na prova de equipas apuram-se para a final as primeiras oito; na qualificação da competição individual serão os primeiros dois de cada um dos seis grupos, mais os seis melhores, num total de 18.
No Ténis de Mesa, outra modalidade com saldo positivo nesta ronda inicial, Jieni Shao carimbou a passagem à 2ª ronda do torneio de singulares, ao vencer a sueca Christina Kallberg por 4-3. O jogo começou difícil para a portuguesa, que se viu a perder nas três primeiras partidas – 8-11, 9-11, 10-12.
Na reviravolta, Jieni Shao impôs-se por 11-6, 11-5 e 11-8, obrigando à sétima partida para definir quem sairia vencedora da ronda inaugural. E venceu por 11-6.
Tiago Apolónia conseguiu também acesso à 2ª ronda de singulares, ao vencer o nigeriano Olajide Omotayo, por 4-0 (11-7, 11-9, 11-6 e 11-5).
No Remo, Pedro Fraga e Afonso Costa foram 3ºs classificados na primeira ronda de LM2x e passaram à repescagem que se disputa este domingo. A dupla portuguesa terminou os 2.000 metros da prova em 6.44,09, a cerca de 22 segundos dos vencedores da série, a dupla alemã, que assegurou desde já passagem directa à meia-final, tal como a dupla italiana.
Na Natação, José Paulo Lopes estabeleceu um novo recorde pessoal na prova de 400 metros estilos, tendo completado a distância em 4.16,52, retirando mais de um segundo ao seu anterior melhor registo. A marca permitiu-lhe ser o mais rápido da sua série, mas foi insuficiente para chegar à final. Na combinação das quatro séries o português foi 20.º classificado, com a qualificação a fechar nos 4.10,20.
No Andebol, A Equipa Portugal não conseguiu impor-se a um Egipto, que foi superior e venceu por 37-31, no primeiro jogo do grupo B. Ao intervalo, registava-se um empate a 15. João Ferraz, que tinha sido inscrito nos Jogos Olímpicos como jogador “alternate”, foi chamado à equipa e assumiu-se como o melhor marcador da equipa, com seis golos.
No Taekwondo, Rui Bragança foi eliminado no combate inaugural na competição de -58kg. O atleta da Equipa Portugal encontrou o espanhol Adrien Yunta, que foi mais forte, tendo o marcador fechado em 9-24, com Bragança a terminou na 11ª posição.
No Ténis, Pedro Sousa foi afastado da competição de singulares, ao perder por 0-2 (3-6, 0-6) com o espanhol Alejandro Davidovich Fokina.
A participação da dupla formada por João Sousa e Pedro Sousa, no torneio de pares, acabou também na 1ª ronda, frente aos japoneses Ben McLachlan-Kei Nishikori, na sequência de dois sets perdidos (1-6, 4-6).
Neste domingo, continua a competição de Dressage (9 h), dia onde Filipa Martins (7h10) inicia a competição de Ginástica e Joana Ramos estará (3 e 9h) no Judo (-52 kg).
Na Natação, Francisco Santos estará nas eliminatórias dos 100 metros costas (11h), Pedro Fraga e Afonso Costa vão estar na repescagem (Remo) pelas 2 horas e Gustavo fará a estreia na final do Skate Street (1h e 4h25).
No Surf, também em estreia, Teresa Bonvalot e Yolanda Hopkins estarão nas três rondas do dia (2h20, 7h e 23h).
No Ténis de Mesa – com Jieni Shao e Tiago Apolónia apurados para a segunda ronda – Marcos Freitas e Fu Yu estarão nas várias fases (1 h, 6h15 e 11h30).
Boa Sorte #Equipa Portugal
