A visão mais à frente que emana dos japoneses originou um cenário alegre, com música ambiente a relembrar outros tempos, como o “Imagine” de John Lenon, na comemoração do cinquentenário do nascimento desta bela canção e outros quadros cénicos, simples, mas com memória, legado, sonhos e esperança.
Sem público no Estádio Olímpico, a Cerimónia de Abertura dos Jogos Olímpicos Tóquio 2020 contou apenas com a presença de dignatários internacionais, entre os quais o Imperador do Japão Naruhito, o Presidente do Comité Olímpico Internacional, Thomas Bach e também o Ministro da Educação de Portugal Tiago Brandão Rodrigues e o Presidente do Comité Olímpico de Portugal, José Manuel Constantino.
A Cerimónia começou com uma retrospectiva da evolução do mundo desde que em 2013 foi anunciado que Tóquio iria receber os Jogos Olímpicos. A preparação suspensa pela pandemia foi o ponto de ligação para outro momento que simbolizou a união dos povos através dos sentimentos e de um corpo ligado pelo movimento. A memória e o respeito pelos que partiram foi um dos momentos que marcou o início da Cerimónia, sendo seguido pelo hastear da bandeira do Japão pelas forças militares ao som do hino nacional interpretado por Misia, famosa no país.
O legado, ao som de “Kiyari Uta”, uma música de trabalho para assinalar os esforços sincronizados entre os trabalhadores, foi recriado o trabalho em madeira, um material nobre e tradicional no Japão, que neste quadro deu origem aos Anéis Olímpicos, com o pormenor da gigante peça em madeira que surgiu no centro do Estádio Olímpico ter sido construída com madeira retirada das árvores que cresceram das sementes trazidas pelos atletas de cada país que participou nos Jogos de 1964.
As 206 bandeiras, correspondentes aos países representados (num total de 11.700 atletas), desfilaram ao som de músicas de videojogos, com delegações mais reduzidas pelas regras de segurança sanitária, Portugal entrou encabeçado por Telma Monteiro e Nelson Évora que partilharam a honra de transportar a bandeira nacional, seguidos de representantes do Atletismo (Carlos Nascimento, Cátia Azevedo, Lorene Bazolo, Patrícia Mamona, Ricardo dos Santos, Tiago Pereira), Judo (Anri Egutidze, Bárbara Timo, Joana Ramos, Patrícia Sampaio, Rochele Nunes), Surf (Teresa Bonvalot, Yolanda Hopkins) e Vela (Diogo Costa, Pedro Costa).
Depois do discurso por Seiko Hashimoto, Presidente do Comité Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio e de Thomas Bach, Presidente do Comité Olímpico Internacional, que voltou a afirmar o poder de união do desporto no dia em que foi apresentada a actualização do lema do Movimento Olímpico – “Mais rápido, Mais Alto, Mais Fortes – Juntos”.
Naruhito, Imperador do Japão declarou o início dos Jogos Olímpicos e a bandeira Olímpica foi hasteada em Tóquio. As pombas da paz e os 50 pictogramas abriram o caminho para o momento mais esperado da noite.
A chama Olímpica chegou ao Estádio, encabeçada por um médico e uma enfermeira, para receber a compensação moral pelo esforço desenvolvido por todo o sector da saúde, em especial na linha da frente, no “ataque” à covid-19, tendo a tenista Naomi Osaka feito a última fase do percurso, acendendo a Pira Olímpica, desenhada por Oki Sato.
A Pira é inspirada no sol e abre-se como uma flor, cheia de vitalidade e esperança.
A competição da #EquipaPortugal começa este sábado (dia 24), com participações nas provas de Andebol (Portugal-Egipto – 11h30), Ciclismo (João Almeida e Nelson Oliveira, prova de estrada-3h00 da madrugada), Equestre (Dressage – 9h00), Judo (Catarina Costa -48kg – 3h e 9h00), Natação (José Paulo Lopes – 400 Estilos – 11h00), Remo (P. Fraga e A. Costa – LMX2 – 3h20), Taekwondo (Rui Bragança – 58 kg – 2, 6, 8, 12, 12h45 e 13h45), Ténis (Pedro Sousa e João Sousa – Singulares – 1h e 6h15 – Pares) e Ténis de Mesa (Marcos Freitas, Tiago Apolónia, Fu Yu e Jieni Shao – 1h – 6h15 – 11h30).
Boa sorte para a #EquipaPortugal.