JO2012 – Doping continua
A notícia de que Alex Schwazer, campeão olímpico na marcha (50 km) em Pequim, teve um controlo positivo para EPO, caiu que nem uma bomba junto da delegação italiana, porque este atleta era uma grande esperança dos italianos para a medalha de ouro.
Segundo Gianni Merlo, jornalista de atletismo do jornal italiano Gazzeta delo Sport e, ao mesmo tempo, presidente da Associação Internacional de Jornalistas de Desporto, escreveu na página desta associação, “ toda a Itália está indignada com a mentira cínica do atleta, que é um jovem inteligente e que, por isso, não há desculpas para o seu comportamento. Estudou todos os detalhes em sua fraude.”
Ainda segundo Gianni, “dois anos atrás ele deixou de treinar Sandro Damilano, o treinador que o apresentou ao mundo e o projectou para o ouro olímpico, dizendo que precisava de liberdade pessoal, que queria ficar perto de sua cidade natal. Dessa forma, preparou o palco com frieza. Claro que agora confessou, mas apenas porque não tinha outra opção. E não podia mentir.”
Merlo vai ainda mais longe ao referir “a arrepiante frieza com que o atleta fez isso, já que apenas queria vencer, ganhar dinheiro e depois talvez dizer adeus à competição. É difícil acreditar que ele fez isto sozinho – segundo declarou quando se deu como culpado – porque precisa da ajuda de um especialista para fazer os procedimentos.”
Mas Alex explicou todos os pormenores da operação de dopagem e que o fez sozinho.
Mas não é foi ele.
O norte-americano Nicholas Delpopolo, 7º na final da prova de 73 kg, no judo, viu ser confirmada a positividade do controlo (que acusou 19-nor-delta-9-tetrahidrocanabinol-9carboxilino, um estimulante) feito após o combate e a respectiva anulação do resultado e devolução do diploma.
De resto, como demos notícia, outros já nem fizeram a viagem para Londres, porque o resultado dos testes de surpresa (com a extraordinária ajuda do passaporte biológico) saiu a tempo de não fazerem a viagem.
Ainda assim, acredita-se que em Londres estão atletas que não passaram pelo crivo do controlo antidopagem.
