Quinta-feira 21 de Novembro de 2024

Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 em contagem decrescente

2020-03-30-Tokyo-thumbnail-03Ainda que, nesta quarta-feira, se tenha iniciado o programa da edição de Tóquio2020 dos Jogos Olímpicos, com a realização dos jogos relativos às primeiras jornadas das modalidades de Softball e Futebol, um dos focos salientes respeita ao fair play, à ética, à transparência, à verdade desportiva e à integridade, num verdadeiro espirito olímpico.

Neste campo da responsabilidade de cada um, os países terão definido os objectivos a atingir, com base na qualidade global de cada formação e de acordo com o ranking actual para cada mundial, a nível mundial, dando origem à classificação no medalheiro.

Toquio-PerímetroOlimpico-21-07-2021Em relação a Portugal, por exemplo, o Comité Olímpico de Portugal estabeleceu como metas a conquista de duas medalhas (sem definir qual o tipo de metal), correspondentes ao pódio, acrescentando ainda prever obter doze lugares de finalista (4º ao 8º) e 26 de semifinalistas (resultados obtidos entre o 9º e o 16º lugar da classificação geral de cada competição), que tem influência nítida para os escalões mais altos para angariação das bolsas de alto rendimento.

Face aos resultados obtidos por alguns atletas, ainda que numa época atípica, há representantes portugueses que estão muito bem colocados nos rankings, o que poderá levar a, se as coisas correrem normalmente – como aconteceu nas provas de qualificação – que conquistar apenas duas medalhas seja muito pouco para a realidade presente.

No entanto, há que recordar que estas previsões foram feitas para os Jogos realizados no ano de 2020 e não em 2021, números que foram divulgados com base nos mínimos obtidos em 2019 e 2020, neste último ano muito menos dado que o mundo parou face à pandemia da covid-19.

No entanto existem várias previsões, o que é normal (também se joga com as apostas feitas em múltiplos países, como é o caso da divulgada pela Associated Press que, em relação a Portugal, referiu que Portugal estará em quatro pódios.

comite olimpico portugal 2021Mas apenas nas modalidades de atletismo, canoagem e judo, com primazia para a modalidade base, onde surgem Pedro Pichardo (triplo salto) e João Vieira (50 km Marcha), a que se junta o campeão europeu e mundial (-100 kg) Jorge Fonseca) e o canoísta Fernando Pimenta (K1 1000).

Quanto ao metal, o ouro é para Jorge Fonseca e os restantes três chegarão ao bronze.

Se assim acontecer, a meta prevista pelo COP é aumentada para o dobro e, a concretizar-se, Portugal baterá o recorde de medalhas em Jogos Olímpicos, registo que está em três, alcançadas em 1984 (Los Angeles) – na primeira vez que um luso (Carlos Lopes) chegou ao ouro – e em 2004 (Atenas).

Mas como se diz na gíria desportiva … os campeões só se conhecem no final da competição.

Em termos de finalistas (4º ao 8º), a previsão apresentada pelo COP é de 12 presenças, número que também seria o melhor de sempre, atendendo a que, até agora, Portugal obteve por três vezes (Atenas’2004, Londres’2012 e Rio de Janeiro’2016) dez diplomas.

Em 1964, na primeira vez em que os Jogos Olímpicos chegaram ao Oriente, com o Japão a ter sido o escolhido, Portugal apresentou-se com vinte desportistas, em oito modalidades, que não conseguiram qualquer medalha, mas alcançaram três diplomas (4º a 8º), pelo que o recorde de finalistas poderá ser facilmente obtido.

Mas nem tudo o que reluz é ouro.

Portugal apresenta-se com 92 atletas, de 17 modalidades, com o número de mulheres a ser, pela primeira vez, superior ao dos homens, porquanto a evolução feminina tem sido maior do que na masculina.

Dos 92, 57 são estreantes, com relevo para a selecção de Andebol (15), sendo que no atletismo as estreias (10) se equivalem aos repetentes (10).

Com a sexta presença em Jogos Olímpicos, o marchador João Vieira sobre ao 2º lugar, atrás do super velejador João Rodrigues (Vela), que esteve em 7, salientando também a quinta presença de Emanuel Silva (Canoagem) e Telma Monteiro (Judo), somando oito atletas com cinco presenças, o que é de realçar pela longevidade atlética (20 anos).

É com este pano de fundo que, para os portugueses, se começa a abrir o palco do maior espectáculo desportivo do Mundo.

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