O esloveno Tadej Pogacar conquistou a terceira vitória – a segunda consecutiva – depois de vencer a 18ª etapa, esta quinta-feira, em Luz Ardiden, confirmando que é, de longe, o mais forte candidato a vencer o 108º Tour de France.
O dinamarquês Jonas Vingegaard e o equatoriano Richard Carapaz completaram o pódio, enquanto Pogacar juntou às camisolas amarela (líder) e branca (Juventude) a camisola das “bolinhas” (Montanha) que já tinha ganhado no ano passado.
Pouco depois da partida, em Pau, as escaramuças começaram a surgir amiúde, com os mais cotados a tentarem amealhar algo mais ao longo da etapa, situação que foi surgindo em cadência mais ou menos rápida, consoante a proximidade das montanhas e das rampas que se seguiam.
Alaphilippe e Mohoric começaram a subir ao Tourmalet com uma vantagem de 1’30 ” sobre o pelotão liderado pela Vegard Stake Laengen, enquanto quatro franceses se juntaram entre eles: Pierre Rolland (B & B-KTM), Pierre Latour (TotalEnergies), Kenny Elissonde (Trek-Segafredo) e Valentin Madouas (Groupama-FDJ).
Seis km antes do do Tourmalet, nove ciclistas estavam unidos na frente, como foram os casos de: Alaphilippe, Mohoric, Latour, Elissonde, Madouas e David Gaudu (Groupama-FDJ), Omar Fraile (Astana), Ruben Guerreiro (EF) e Ion Izagirre (Astana). Latour e Gaudu alcançaram o topo do Tourmalet (souvenir Jacques-Goddet) juntos nessa ordem com uma vantagem de 50 ” sobre o pelotão liderado pelos granadeiros Ineos. Rigoberto Uran (EF) foi descartado e Wout Poels (Bahrain Victorious) estendeu sua liderança na competição sobre Michael Woods (Israel-Start Up-Nation).
Gaudu cavalgou Latour na descida. Tinha 45 ” de vantagem sobre o pelotão da camisola amarela liderado por Ineos Grenadiers com 20 km para para escalar para Luz Ardiden sozinho na frente. O bretão foi engolido 9,5 km antes do fim. Faltando 5,5 km, Rafal Majka (Emirados Árabes Unidos) substituiu os ingleses e fez o grupo explodir.
Pogaçar acelerou para formar um grupo da frente de cinco ciclistas, junto com Carapaz, Vingegaard, Kuss e Mas. Este último acelerou duas vezes, mas Pogacar não perdeu a terceira vitória, tantas quanto no ano passado antes do contra-relógio individual na véspera da grande final.
No alto de Luz Ardiden, ao fim de 129,7 km, o esloveno Tadel Pogacar (EAU) ganhou mais espaço na frente e somou 3h33m45s, à frente do dinamarquês Jonas Vingegaard (Jumbo-Visma), com mais dois segundos e do equatoriano Richard Carapaz (Ineos), também a dois segundos. Seguiram-se o espanhol Enrico Mas (Movistar), a 13 segundos e o irlandês Daniel Martin (Israel), a 24 segundos.
Ruben Guerreiro (EF Education-NIPPO) chegou na 22ª posição, a 3’15”, enquanto Rui Costa continua a descer (110º) ao concluir a 23’13”.
Com a nova força de inspiração, o esloveno Tadej Pogaçar (Emirates) reforçou a posição de líder, com um total de 75h00m02s, aumentando a vantagem para todos os restantes, começando pelo dinamarquês Jonas Vingegaard (Jumbo-Visma), que ficou a 5’45”; o equatoriano Richard Carapaz (Ineos), a 5’51”; e o australiano Ben O’Connor (AGR2), a 8’18”; e o holandês Wico Keldermann (Bora Hansgrohe), a 8’50”. O colombiano Rigoberto Uran (EF Education-Nippo), desceu da 4ª posição para a 10ª, a 16’25”.
Ruben Guerreiro mantém-se do 20º para o 18º lugar, a 52.26” do primeiro, enquanto Rui Costa desceu ao 77º posto, a 2h56m07s do comandante.
Nos pontos, Mark Cavendish (Deceuninck-Quick-Step) continua a comandar, enquanto o esloveno Tadej Pogaçar (EAU), para além da amarela e da Juventude, assumiu também a da montanha; a Bahrein-Victorious a continua no comando da classificação geral por equipas.
Nesta sexta-feira realizar-se-á a 19ª etapa, numa distância de 207 km, com início em Mourenx e chegada em Libourne, numa corrida praticamente plana, nunca se sabendo o que poderá acontecer face à longa extensão do percurso, em véspera do contra-relógio individual de 30,8 km, que poderá ser o primeiro passeio triunfante de Pogacar.