As formações do Sport Lisboa e Benfica (em masculinos) e Sporting Clube de Portugal (em femininos) sagraram-se hoje campeões nacionais de Esperanças (escalão sub-23), em competição que de correu no Estádio Municipal de Coimbra, reeditando a classificação de 2019.
Em masculinos, para os benfiquistas é o 16º título nacional (o 12º consecutivo!), tendo somado 185 pontos, deixando o Sporting a 48 pontos, enquanto a Juventude Vidigalense voltou a subir ao pódio, mas muito longe (43 pontos) dos dois primeiros.
Individualmente, estes Campeonatos tiveram vários protagonistas, mas Gerson Baldé (Benfica) destacou-se nesta segunda jornada ao triunfar no salto em altura, com a marca de 2,20 metros, a melhor marca portuguesa do ano, uma confirmação, mas também a surpreender com um segundo título, desta vez no comprimento, com a marca de 7,30 (v: -0,5 m/s).
No primeiro dos saltos, Gerson não passou, por muito pouco, os 2,24 m, confirmando o seu excelente momento (atenção aos europeus de sub-23), deixando para trás Diogo Oliveira (Grecas), que saltou 2,08 m, e Simão Pereira (J. Vidigalense), com 1,99 m.
Já no salto em comprimento, derrotou o favorito André Pimenta (J. Vidigalense), que apenas chegou aos 7,20 m (-0,2), com Tomás Dinis (Sporting) a ser terceiro (7,08 m, -0,9).
Nas provas de velocidade, o benfiquista André Prazeres juntou o título de 200 metros (21,30 segundos, recorde pessoal) ao de 100 metros, tendo agora derrotando o seu colega de equipa Delvis Santos (21,41). Omar Elkhatib, do Sporting (21,68), que correu extra, foi o terceiro nos campeonatos, Ericsson Tavares (CA Seia), que obteve o seu recorde pessoal (21,81).
Nos 110 metros barreiras, Edgar Campré (Benfica), campeão de decatlo, venceu os 110 metros barreiras com a marca de 14,35 segundos (mas na eliminatória ficou a um escasso centésimo da marca de qualificação pra os Europeus de sub-23), impondo a Diogo Guerra (Maia), com 14,43, e Manuel Dias (U. Tomar), com 15,19. Desfecho inesperado nos 400 metros barreiras, com o benfiquista Paulo Soares (52,84 segundos) a surpreender o seu colega de equipa Yuben Munary (53,02), o actual detentor da melhor marca nacional do ano, obtendo a marca de referência para os Europeus de sub-23. O terceiro classificado foi o júnior Diogo Barrigana (também do Benfica, que correu em 53,39 segundos, recorde pessoal e marca de qualificação para os europeus sub-20.
No feminino, com os mesmos protagonistas, mas agora com o Sporting a triunfar (terceiro título consecutivo) com mais 18 pontos (122 no total) que o Benfica, segundo classificado (103), subindo ao terceiro lugar do pódio, uma vez mais, o Juventude Vidigalense.
Nos 200 metros, foi necessário ir à terceira classificada da prova, Catarina Lourenço, do Benfica, com 24,41 segundos (recorde pessoal), para descortinar a campeã, já que as duas primeiras são estrangeiras: a equatoriana Anahi Suarez (Benfica), com 23,20 segundos, e Agate Sousa (GA Fátima), com 24,36. Subiram ao pódio Beatriz Andrade (Sporting), que correu em 24,99, e a benfiquista Joana Dias (25,64). Nos 100 metros barreiras, triunfo de Fatumata Balde (Benfica), com 13,81 segundos, subindo ao pódio Mariana Bento (Sporting), com 14,05 s, e Catarina Karas (Sporting de Braga), com 14,12 segundos. Interessante prova – quase solitária – de Juliana Guerreira, do Sporting, nos 400 m barreiras terminando em 54,35 segundos, à frente da junior Sofia Alvreshina, do Vidigalense, que fez 59,83segundos, um recorde pessoal e marca de qualificação para os Europeus e Mundiais de sub20.
O meio-fundo feminino voltou a produzir outro excelente momento nos 800 metros, com a reedição do duelo entre a Camila Gomes (Benfica) e Rita Figueiredo (Sporting), com vantagem para a benfiquista terminado em 2.08,18 minutos, confirmando qualificação para os Europeus de sub-20, enquanto a líder da categoria terminou em 2.09,75, com Beatriz Cruz (Fátima) a terminar perto (2.10,67).