Sábado 23 de Novembro de 2024

Samuel Barata e Miguel Marques na Taça da Europa dos 10.000 metros

FPA

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A pista de atletismo da Universidade de Birmingham acolherá, este sábado, a 24ª edição da Taça da Europa de 10 000 metros, para a qual a Federação Portuguesa de Atletismo nomeou os atletas Samuel Barata e Miguel Marques.

Samuel (Benfica) está creditado com 28.03,94 minutos, enquanto Miguel Marques (Sporting) tem 29.01,65 minutos e ambos seguem em busca de novo recorde pessoal (depois de esta época terem melhorado).

Samuel tem ainda em foco a possibilidade de chegar aos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, através da qualificação directa (27.28,00) – pelo que foi colocado na principal série – ou pelos World Rankings (está na 34ª posição, podem participar 27 atletas).

Nesta competição, o maior destaque vai para a participação do britânico Mo Farah (recordista europeu com 26.46,57), que não corre a distância há três anos.

A competição iniciou em 1997 (então como Challenge Europeu), muito por força do exemplo de portugueses e espanhóis que há seis anos organizavam o Torneio Ibérico de 10 000 metros com excelentes resultados.

No seu palmarés, a competição está profundamente marcada pelo domínio ibérico em termos colectivos, pois Portugal (29) e Espanha (33) somam quase metade do total de medalhas (as outras nações somam 69), mas Portugal ainda lideram com 14 medalhas de ouro (10 em femininos) contra 13 de Espanha. O cenário, para Portugal, não se alterará uma vez que teremos apenas dois representantes, não formando equipa.

Em termos individuais, Portugal já conquistou oito vitórias (apenas uma em masculinos), por intermédio de Sara Moreira, em 2011, 2012 e 2017 (e tem mais dois terceiros lugares, em 2010 e 2014), Fernanda Ribeiro, em 1998 e 2003 (e mais três pódios: dois segundos lugares em 2001 e 2005 e um terceiro em 2004), Inês Monteiro, em 2009 e 2010, e Youssef el Kalai, em 2012.

Ainda com presença em pódios temos Marina Bastos (2ª em 1997 e 3ª em 1998); os segundos lugares de Domingos Castro (1997), António Pinto (1998), Hélder Ornelas (2001), Eduardo Henriques (2003), Rui Pedro Silva (2009) e Jéssica Augusto (2014); e os terceiros lugares de Ana Dias (1999 e 2003),

Mónica Rosa (2001), José Rocha (2009) e Dulce Félix (2009).

Em resumo, desde 2014 (há sete anos) que Portugal não conquista qualquer medalha nesta competição, o que demonstra a pouca profundidade portuguesa nesta disciplina depois de ter sido rei na Europa.

 

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