Portugal com Guiné-Bissau
A comitiva portuguesa vai ocupar 20 apartamentos, correspondendo a uma centena de apartamentos, para albergar toda a gente a que tem direito, de acordo com a regulamentação do Comité Olímpico Internacional.
Três são os andares que couberam a Portugal, estando os outros reservados às delegações da Albânia, Guiné-Bissau e Ruanda, o que não deixa de poder ser preocupante, em especial quanto aos guineenses, face à posição tomada pela CPLP em não reconhecer o governo saído de um golpe de estado, o que foi confirmado este fim de semana na reunião de Presidentes e Primeiros Ministros, realizada em Maputo.
O edifício fica colocado na entrada do complexo de 16.000 camas que acolhe todas as estrelas da principal competição desportiva universal, ficando a curiosidade de que, em relação aos portugueses, dois dos apartamentos serão triplex e que os vizinhos mais próximos são os brasileiros (ao lado), austríacos (traseiras) e holandeses (ao virar da esquina).
Para ginastas
Adaptação local demora quinze dias
Manuel Campos e Zoi Lima (artística) e Diogo Ganchinho e Ana Rente (trampolins), já começaram, em Londres, a preparação para os Jogos com um plano que tem como principal objectivo deixar os atletas lusos preparados para tudo.
Treinos bidiários, concentração por um lado e descompressão, por outro, onde se incluem passeios pela cidade, visionamento de TV e ligação à Internet, são os principais “condimentos” para o quarteto de ginastas portugueses.
Luís Nunes, um dos técnicos de trampolins, deu a conhecer, via agência Lusa,
Que “viemos com quase 15 dias de antecedência porque é muito importante a adaptação ao novo espaço de treino mas também a todo o ambiente e à aldeia olímpica”.
Segurança apertada
Muitos agentes e militares de prevenção
Atendendo à impossibilidade de recrutar agentes de segurança em número suficiente, o governo britânico recorreu às forças armadas para compor o sistema de defesa (interna e externa).
Não podendo falhar neste aspecto – pese embora pairem no ar a hipótese de se verificar algo – também Israel reforçou o seu dispositivo de segurança para por receio de um eventual ataque do Irão contra os seus atletas em Londres, segundo divulga o jornal britânico “The Sunday Times”, citado pela Agência Lusa.
A Scotland Yard e os serviços secretos britânicos reavaliaram a ameaça contra a delegação israelita depois do atentado suicida de 18 de Julho contra um autocarro de turistas israelitas na Bulgária, e o governo de Israel enviou agentes do seu serviço de segurança interna, o Shin Bet, para proteger a sua delegação olímpica, segundo o jornal.
O atentado à bomba que matou seis pessoas na estância balnear de Burgas, na costa do Mar Negro na última quarta-feira aumentou o medo de uma repetição do ataque nas Olimpíadas de Munique, em 1972, perpetrado por homens armados palestinianos, no qual 11 atletas e treinadores israelitas foram mortos.
Síria nos Jogos
Com candidato a medalha
Uma dezena atletas sírios está a caminho de Londres para participar nos Jogos Olímpicos, enquanto prossegue o combate ao regime do presidente Bashar al-Assad.
“Queremos mostrar ao mundo uma imagem diferente do que a que tem sido dada pelas estações de televisão por satélite”, disse Ghofrane Mohammed, um velocista de 23 anos, segundo a Agência Lusa.
“Vai ser incrível ouvir o hino nacional sírio tocado em Londres”, disse o especialista nos 400 metros barreiras, acrescentando que “o mundo inteiro vai saber que fomos capazes de treinar e participar, apesar da crise”.