Giro d’Itália
Nma etapa (14ª) de cortar a respiração, subindo metro a metro até chegar aos 1.730 metros na linha de meta, não há dúvida que deve ser um “medo” de grande porte para aguentar os mais de duzentos quilómetros da ligação entre Cittadella e Monte Zoncolan, que deu uma pequena “volta” na tabela classificativa.
Um dos beneficiados foi o camisola rosa, o colombiano Egan Bernal, que aumentou a vantagem (de 1m22s para 1m57s) sobre o novo seguidor, o britânico Simon Yates, agora a 1m33s da liderança.
Neste movimento de “ascensão”, os portugueses João Almeida e Ruben Guerreiro aproveitaram o balanço e conseguiram acompanhar o andamento, ainda que com algumas diferenças, como seria de esperar, mas sempre atentos a tudo e a todos para poderem trepar na etapa e na classificação geral, onde se fixaram nos 14º e 15º lugar, o que é excelente.
Na etapa deste sábado, o italiano Lorenzo Fortunato (Eolo-Kometa) foi quem teve mais força para o sprint final e cumpriu os 205 km no tempo de 5.17.22, deixando o esloveno Jan Tratnik (Bahrain) a 26 segundos e o compatriota Alessandro Covi (EAU) a 59 segundos.
O camisola rosa, o colombiano Bernal Gomez (Ineos) completou na quarta posição, a 1m43s e o francês Bauke Mollema (Trek-Segrafredo) acabou no quinto lugar, a 1m47s.
Nelson Oliveira (Movistar) chegou no oitavo lugar, a 3m11s, João Almeida (Deceuninck-Quick-Step) terminou no 18º, a 3m11s e Ruben Guerreiro (EF Education-Nippo) acabou no 21º lugar, a 3m13s.
O que levou, primeiro, o colombiano Egan Bernal (Ineos) a manter-se na liderança do Giro d’Itália, com o total de 58h30m47s, seguindo-se o britânico Simon Yates (BikeExchange), a 1m33s; o italiano Damiano Caruso (Bahrein), a 1m51s, o russo Aleksandr Vlasov (Astana), a 1m57s e o britânico Hugh Carthy (EF-Education) a 2m11s.
Quanto aos portugueses, João Almeida fixou-se – pelo menos até este domingo – a 8m32s do líder, enquanto Ruben Guerreiro ficou no 15º, a 9m19s, e Nelson Oliveira a manter-se no 27º posto, ainda que a 28m52s.
Neste domingo, na 15ª etapa, a ligação será feita entre Grado e Gorizia, numa distância de 147 km, uma etapa que se espera, de alguma forma, rápida face a ser uma das mais curtas e, por outro, porque regista apenas subidas ligeiras, fazendo com que o binário força-velocidade seja o mais conveniente para etapas com este perfil, pelo que os portugueses poderão voltar a aproveitar para tentarem as façanhas com as quais, naturalmente, pensaram que pode acontecer.
Fica a expectativa até ao final do dia deste sábado.
