Jogos Londres’2012
Mário Santos, o chefe de missão olímpica portuguesa a Londres, à frente do primeiro grupo de atletas dos 75 que vão representar o país nesta nova Olímpiada, já se encontra na cidade londrina que irá acolher esta magnânima organização do desporto mundial.
A 11 dias do início dos Jogos, começa agora o afluxo da maior parte dos milhares de atletas, técnicos, dirigentes, oficiais, juízes, árbitros e representantes da comunicação de todo o mundo, no que se quer seja mais uma festa universal de amizade, confraternização, ética, tolerância e, acima de tudo, do desporto pelo desporto.
Antes da partida e à Agência LUSA, Mário Santos salientou que “espero que os atletas estejam optimistas e concentrados naquilo que melhor sabem fazer, com o fim de atingirem os patamares possíveis, dentro de um quadro muito exigente e onde se devem apresentar nas máximas condições de competição”.
Reforçou a tónica já divulgada e assumida pelo Comité Olímpico de Portugal de que “não vale a pena fazermos conjecturas sobre o que poderá acontecer, pelo que a única previsão que me interessa é a meteorologia nas modalidades ao ar livre”.
Sublinhou ainda Mário Santos, também presidente da federação de canoagem, que “não quero ver repetidos os problemas de comunicação dos Jogos de Pequim e espero que todos tenham aprendido com a experiência”.
Frisou também que “as nossas energias e concentração estão na competição e em nada lateral”, tendo salientado que “os atletas, mais do que ninguém, querem brilhar e fazer tudo ao seu alcance para vencer”, concluindo que todos os atletas “estão lá por mérito, são portugueses e têm o nosso apoio incondicional. Estou certo de que todos os atletas e o país estarão a apoiá-los e se não ficarmos melhor classificados será única e exclusivamente pelo facto dos outros serem melhores do que nós”.
Por estes dias, a comitiva nacional irá partindo conforme as condições programadas, tanto mais que alguns atletas só irão depois dos jogos se iniciarem (caso do atletismo, que só tem actividade a partir do meio do calendário geral), aliás sistema que se verificará também em relação aos que foram concluindo as provas onde participam, regressando a Portugal poucas horas depois, num sistema de rotatividade das instalações.
As expectativas de conquistas de medalhas, nunca assumidas pelos dirigentes olímpicos para estes Jogos de Londres, são muito menores do que em Pequim, há 4 anos, como todos sabem. Acredita-se que poderão surgir – no desporto só há medalhas no final das competições e nunca antes – por uma outra virtude, por um pouco mais de sorte, mas sempre a partir de prestações de elevado nível que alguns atletas portugueses podem protagonizar. Porque são tão bons como muitos outros.