Sábado 23 de Novembro de 7472

F. C. do Porto no segundo lugar depois de Benfica ter vencido Sporting

Liga Portugal

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O F. C. do Porto, ao derrotar o Rio Ave, em Vila do Conde, por um expressivo 3-0, garantiu a presença directa na fase de grupos da Liga dos Campeões, enquanto o Benfica, que venceu o Sporting pela margem mínima (4-3), terá de alinhar nas eliminatórias que vão apurar as restantes equipas para completar os grupos definidos.

Se, uma vez mais, não se respeitaram as regras da ética, da transparência, da verdade desportiva e da integridade do futebol nacional – situação que se tem repetido época após época e há vários anos – não há dúvida que devemos manter a verticalidade de continuar a escrever que mal vai o futebol, em contraponto com a enorme evolução internacional que tem tido.

Enquanto ninguém se importar em tentar “limpar” esta imagem de névoa que sobrevoa sobre o país, difícil será que o país tenha uma maior importância nos aspectos referidos, porquanto – no caso específico dos jogos deste sábado (com relevância no Benfica-Sporting e Rio Ave-F. C. do Porto) decisivos para se apurar, de forma directa, a segunda equipa para a Liga dos Campeões – era importante, logo obrigatório, que as duas partidas se deviam jogar à mesma hora.

Mas a cúpula do Futebol não quer saber disso para nada.

Mais grave ainda porque, face ao processo evolutivo (?!) das apostas em Portugal, se entende que a verdade desportiva mais desaparece porquanto não há possibilidade de controlar seja o que for, numa altura em que milhões de euros podem provocar quebras de protocolos e surgir um sem número de factores que possam abalar a realidade efectiva dos interesses mais saudáveis que se pretendem com a angariação de mais meios para apoio a causas sociais.

Mas adiante …

Em Vila do Conde e depois de uma primeira parte algo insípida (não se registaram golos), o F. C. do Porto abriu o activo (56’) e fechou-o em doze minutos (68’), com a concretização de três golos que garantiram a segunda posição aos portistas na tabela classificativa e, com isso, fazer jus à entrada directa na fase de grupos da Liga dos Campeões.

Toni Martinez (56’), Luis Diaz (59’) e Sérgio Oliveira (58’) foram os autores dos golos, num jogo em que os portistas dominaram a seu bel-prazer, as partir de uma superior posse de bola (67/33%), com 16-12 em remates, dos quais 4-1 para a baliza, dados que justificam o resultado final.

Enquanto isso, o Benfica começou melhor e chegou ao 3-0 aos 37’ de jogo, aproveitando alguma letargia da formação sportinguista ainda a cheirar ao espumante da comemoração do título na semana anterior ou do cansaço físico-mental que se apoderou dos jogadores leoninos.

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Seferovic (12’), abriu o activo depois de se isolar, em posição legal por força da oferta de Coates (desconectado com a linha do fora de jogo), tendo a bola seguido para a baliza, se bem que Nuno Mendes, que acorreu a tentar evitar o golo, conseguiu desviar a bola ainda antes da linha de golo mas que depois a empurrou para a baliza com a mão, depois de ter deslizado pela relva.

Não muito mais tarde (29’), foi Pizzi a surgir também isolado ante Adán – depois de um passe de calcanhar de Ewerton – que fez a bola subir por cima do guardião leonino e que se anichou no fundo da rede da baliza.

Lucas Veríssimo (37’), no seguimento de um canto marcado por Pizzi, surgiu na pequena área a elevar-se e marcar de cabeça, sem oposição, ante uma defesa leonina algo apática, desconcentrada, sem articulação.

No período de descontos do primeiro tempo (45+1’), Matheus Nunes endossou a bola a Pedro Gonçalves, que arrancou para a zona frontal da grande área, de onde disparou, sem oposição, um remate que levou a bola a entrar na baliza de Helton Leite, impotente para chegar ao esférico, fixando o resultado em 3-1 a favor do Benfica.

Neste período, o Benfica dominou nas estatísticas, com 54/46% na posse de bola, para 5-3 em remates, dos quais 5-1 para a baliza.

O segundo tempo abriu com o 4-1 para o Benfica, depois de Matheus Nunes ter rasteirado Grimaldo na grande área, tendo Seferovic (49’) aproveitado para marcar a grande penalidade sem dificuldade. Mais uma nota de descrença da equipa leonina.

Dois minutos depois (61’) Pedro Gonçalves rematou ao poste e o Benfica começou a acusar o cansaço global, altura em que (62’), o Sporting reduziu para 4-2, com um golo obtido por Nuno Santos a passe de Paulinho, com a defesa benfiquista a ficar parada.

Lucas Veríssimo (75’) deixou Pedro Gonçalves entrar na grande área e provocou a queda deste, com a correspondente grande penalidade a ser cobrada pelo jovem médio do Sporting, que enganou Helton Leite e fez o 4-3 (77’), dando um sinal de toque a rebate para os minutos finais.

Quatro minutos depois, Pedro Gonçalves voltou a estar em evidência ao rematar para o guardião benfiquista desviar para o poste e a bola seguir para canto, do que nada resultou, mantendo-se o resultado até final, onde a estatística não sofreu grandes alterações, com 53/47% de posse de bola para o Benfica, que teve 12-11 em remates, dos quais 9-6 para a baliza, o que corresponde aos números finais do resultado.

O Boavista venceu (1-0) o Portimonense com um golo obtido por Porozo (71’), enquanto o Farense ganhou ao Tondela (1-0), com Ryan Gauld (79’) a converter a grande penalidade assinalada pelo árbitro do jogo.

Com a definição das cinco equipas (Sporting, F. C. do Porto e Benfica – Liga dos Campeões) e Sporting de Braga e Paços de Ferreira – Lia Europa) para as competições europeias, resta saber como vão ficar as coisas no final da tabela. O que se vai decidir entre este domingo e a próxima jornada.

A 33ª jornada conclui-se este domingo com os jogos Famalicão-Nacional (17h), Belenenses SAD-Santa Clara e Marítimo-Guimarães (20h).

 

 

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