Numa etapa praticamente plana e em que a quase totalidade dos corredores completaram com o mesmo tempo, Nelson Oliveira acabou por ser beneficiado ao chegar ao terceiro lugar do pódio, na 5ª etapa do Giro de Itália, que esta quarta-feira se desenrolou entre Modena e Cattolica, numa distância de 175 km.
Com maior ou menor velocidade, como mais ou menos escaramuças – sendo de realçar uma queda que obrigoiu a algumas desistências – a etapa terminou com tudo em fila indiana, com o australiano Caleb Ewan (Lottou Soudal) a vencer no sprint final, com o tempo de 4.07.01, à frente dos italianos Giacomo Nizzolo (Qhubeka Assos) e Elia Viviani (Cofidis), seguindo-se o croata Peter Sagan (Bora-Hansgrohe) e o colombiano Fernando Gaviria Rendon (Emiratos Árabes Unidos).
Quanto aos portugueses, Nelson Oliveira (Movistar) chegou na 19ª posição, enquanto João Almeida (Deceuninck-Quick-Step) terminou no 40º posto e Ruben Guerreiro no 90º, ainda com o mesmo tempo do vencedor.
Na classificação geral, liderada pelo italiano Alessandro di Marchi (UAE Team Emirates), agora com 17.57.45 e tendo em segundo o belga Louis Vervaeka (Alpecin-Fenix), a 42 segundos, Nelson Oliveira (Movistar) surge na terceira posição, a 48 segundos, tendo atrás de si Attila Valter (Groupama), a um minuto e o francês Nicolas Edet (Cofidis), a um minuto e quinze segundos.
Ruben Guerreiro subiu do 35º para 31º, a 3.16 e João Almeida saltou de 42º para 38º, a 5.38.
Esta quinta-feira decorrerá a 6ª etapa, ligando Grotte di Frasassi a Ascoli Piceno (San Giacomo), na distância de 160 km, repleta de montanhas, com duas acima dos 1.400 metros de altitude (a primeira de 1.496, aos 88 km; a segunda de 1.536, aos 100 km), seguindo uma descida muito inclinada para a etapa terminar com nova montanha mas a cerca de 600 metros de altura.
Admite-se que a corrida poderá ser uma oportunidade de Ruben Guerreiro (que o ano passado ganhou o prémio da montanha) possa ganhar lugares, o mesmo se falando em relação a João Almeida, que terá oportunidade de tentar regressar ao top5 inicial.
Mais dificuldade terá Nelson Oliveira, que não é um especialista nesta área, mas que poderá também brilhar.