A Selecção Nacional de Seniores Masculinos somou, este domingo, a terceira vitória em outros tantos jogos ao vencer, pela margem máxima (3-0: 25-21, 25-16 e 25-21), a Hungria no ocaso do 1.º torneio da Pool G de Apuramento para o Campeonato da Europa 2021, em Budapeste (Hungria).
Portugal lidera, com 8 pontos, mais um do que a Bielorrússia, o seu primeiro adversário no 2.º Torneio, que está agendado para 14 a 16 de Maio no Centro de Desportos e Congressos de Matosinhos.
A Selecção Nacional deu mais um testemunho da motivação e confiança que grassa entre os jogadores e equipa técnica e que extravasa para o nosso País.
Apesar do equilíbrio inicial no set inaugural, Portugal controlou sempre as operações, com destaque para Alexandre Ferreira, que somou 7 pontos no primeiro parcial, fruto da sua eficácia no ataque.
Autor de 19 pontos individuais, Alex foi o melhor pontuador do jogo, enquanto Krisztian Padar foi o húngaro mais eficaz, com 9 pontos.
O distribuidor Miguel Tavares Rodrigues foi o MVP do jogo e salientou ao site da Federação Portuguesa de Voleibol que “jogámos muito concentrados do primeiro ao último ponto, mais uma vez. Era muito importante não deixar a Hungria ganhar vantagem para não se soltarem e jogarem melhor. Conseguimos equilibrar sempre o primeiro set, até abrirmos uma vantagem de 3 pontos a meio do set. A partir daí, e até ao fim do jogo, conseguimos estar sempre à frente por 4/5 pontos ou mais, o que acabou por facilitar o nosso trabalho”.
Em relação ao 2.º torneio, em Matosinhos, será tudo diferente. Já não haverá grandes surpresas. As equipas já se conhecem e conseguem analisar melhor e antecipar mais o jogo do adversário.
Diria que temos de continuar com a seriedade com que temos encarado e realizado o nosso trabalho, sempre focados no nosso objectivo e se dermos o nosso melhor diariamente e em cada jogo, acho que temos tudo a favor para assegurarmos a qualificação para a fase final do Campeonato da Europa.
Para Hugo Silva, Seleccionador Nacional, também ao site da FPV, referiu que “tornámos o jogo fácil, fruto da competência desta equipa. Contudo, o trabalho não pode ficar pela metade, uma vez que vamos a meio de seis duras batalhas. Aproveito para, mais uma vez, destacar o querer, bem visível na forma de jogar, deste grupo, que merece o carinho de todos os portugueses. Na próxima semana esperamos sentir esse apoio quando jogarmos em Matosinhos… nem que seja à distância, tal como as regras, infelizmente, ainda exigem“.
Os jogos de Portugal, tanto do primeiro como do segundo torneio terão transmissão em directo na Sport TV.
Na competição feminina, Portugal perdeu (1-3) ante a Suécia, formação que lidera isolada a Pool B de qualificação para o Campeonato de Europa de 2021, depois dos parciais de 25-21, 25-16, 19-25 e 25-15.
Isabelle Haak, com 32 pontos, voltou a ser decisiva, mas as portuguesas bateram-se bem e foram as únicas que conseguiram roubar um set às nórdicas nos últimos jogos, o que Ettore Guidetti salientou. O 2.º torneio está agendado para os dias 14 a 16 de Maio.
Ettore Guidetti, treinador da Suécia, salientou ao site da FPV, que “Portugal fez um bom jogo e colocou-nos sob pressão em muitos momentos, sobretudo com o seu serviço. Foi a única equipa, nos últimos quatro jogos que fizemos, que nos conseguiu ganhar um set. É bom para nós, que temos uma equipa jovem, defrontarmos jogadoras experientes como as portuguesas, pois isso é necessário para evoluirmos. Objectivo para o 2.º torneio? Espero que a minha equipa faça o que tem feito até agora: continue a lutar e, sobretudo, que as jogadoras continuem a gostar de jogar juntas, isso é muito importante para mim enquanto treinador.”
João José, Treinador de Portugal, referiu que “já estávamos à espera das dificuldades que iríamos enfrentar e do valor da equipa adversária. Procurámos anular certos elementos-chave da Suécia; conseguimos fazê-lo em relação à Alexandra Lazic, mas no que diz respeito à Isabelle Haak, uma das melhores opostas a nível mundial, só o conseguimos fazer no terceiro set. No quarto set, fez completamente a diferença com o seu serviço. Temos de estar, obviamente, insatisfeitos com os nossos resultados, mas não desanimados, porque isto faz parte do processo de crescimento e vai-nos ser útil e, quem sabe, dar-nos vitórias nos jogos do segundo torneio“.
Marta Hurst, capitã de Portugal, salientou que “a Suécia tem uma oposta muito forte e outras duas jogadoras igualmente habituadas a jogar ao mais alto nível pelos seus clubes, para além de uma elevada estatura. Para enfrentar jogadoras assim, a nossa selecção precisa de ser mais consistente, durante mais tempo, e também de ter mais confiança nas suas próprias capacidades. Neste jogo, devíamos ter sido mais agressivas e confiantes naquilo que somos capazes de fazer, mas estamos a ganhar experiência e vamos continuar a lutar na Geórgia“.