Com a igualdade (1-1) verificada na partida entre o Benfica e o F. C. do Porto, no Estádio da Luz, o Sporting ficou mais líder, afastando de vez os encarnados do título, com o os portistas a dependerem de si próprios para cimentarem o segundo lugar e o consequente apuramento para a fase de grupos da Liga dos Campeões.
Nos altos e baixos, os leões tem sido mais regulares – daí a liderança tão dilatada depois de terem apenas quatro pontos há três semanas – pelo que tem a vida mais facilitada, ainda que qualquer “facilidade” demasiada possa causar um frisson desnecessário.
No principal encontro desta quinta-feira, é curial dizer-se que o jogo foi “bem medido”.
O Benfica entrou a jogar em casa, mais solto, com maios objectividade e chegaram ao 1-0 aos 23’, quando Everton conseguiu introduzir a bola por uma nesga entre o guarda-redes e o poste, pese embora o esférico tenha tido um leve – mas suficiente – desvio para que Marchesin não conseguisse chegar à bola.
Depois, foram os portistas a comandar – o Benfica sentiu “necessidade” de gerir a parte física dos seus jogadores – e partiram à procura do empate, numa primeira fase, o que não conseguiram até final do primeiro tempo.
Na segunda parte, foi o Porto a tomar a dianteira porque meter um golo podia dar uma grande volta positiva, o que aconteceu quando (75’), Uribe recebeu a bola de João Mário e obteve um golo de belo efeito, ainda que aproveitando a falta de cobertura da defesa benfiquista num curto espaço dentro da grande área.
Apesar de três golos metidos, que não foram confirmados pelo VAR (com razão) e das picardias que se verificaram em certos momentos com Artur Soares Dias a não actuar nem técnica nem disciplinarmente – embora tenha conseguido controlar os jogadores – a verdade é que as estatísticas demonstram que o F. C. do Porto foi superior, com 56/44% de posse de bola, a que correspondeu 15-5 em remates, dos quais o Benfica enviou 3-2 para a baliza, muito pouco para quem queria ganhar e poder alimentar ainda a esperança de poder chegar à segunda posição e aos milhões correspondentes à entrada directa na Liga dos Campeões.
Na ronda 31ª, os empates tem sido a tónica global, porquanto quatro terminaram igualados, salientando-se os que se verificaram nos jogos desta quinta-feira.
O Moreirense recebeu o Nacional e o 2-2 foi o resultado final, com os de Moreira de Cónegos a marcar por Ferraresi (62’) e André Luís (81’), se bem que os visitantes tivessem estado sempre em vantagem, depois dos golos alcançados por Filipe Soares (43’) e Bryan Rochez (74’).
Na estatística, os donos da casa tiveram mais bola (60/40%) e os remates à baliza (6-3), mas os madeirenses remataram mais (17-12), sem efeito prático face ao empate registado.
O Farense, que recebeu o Guimarães, também não foi além de uma igualdade a dois golos, com os vimaranenses a marcarem primeiro (Diogo Rocha ao minuto 2), tendo os algarvios recuperado para 2-1 com dois golos de Pedro Henrique (12 e 27’), para Ricardo Quaresma empatar (90+1’).
Guimarães que teve maior posse de bola (63/37%), para uma igualdade (13-13) de remates, mas em que os da casa tiveram vantagem (8-3) nos remates para a baliza mas não aproveitaram, nem mesmo com os visitantes a jogar com 10 jogadores, depois de Suliman ter sido expulso (51’).
O Belenenses SAD subiu ao sexto lugar depois de receber e ganhar (1-0) ao Portimonense, com um golo apontado (45+3’) por Cassierra, numa estatística em que os de Lisboa remataram mais (13-10, dos quais 3-2 para a baliza), com a posse de bola a ser a favor dos visitantes (63/37%) mas sem efeitos práticos.
Esta 31ª jornada da Liga NOS termina esta sexta-feira, com os jogos Famalicão-Santa Clara (19h) e Boavista-Tondela (21h15), este jogo tarde demais para o que devia ser um padrão comum máximo de 20h30.