O livro “Olímpicas – As portuguesas nos Jogos de Helsínquia 52 ao Rio 16”, da autoria de Cipriano Lucas, que dá a conhecer todas as atletas nacionais participantes no maior evento multidesportivo do mundo, foi apresentado esta segunda-feira na sede do Comité Olímpico de Portugal.
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Rita Nunes, directora do Departamento de Estudos e Projectos do COP, editora da obra, historiou o projecto, afirmando que “todos os livros têm uma história, este tem 118 histórias, das 118 atletas portuguesas participantes nos Jogos Olímpicos”, tendo agradecido o apoio da Imprensa Nacional-Casa da Moeda – representada pelo administrador Alcides Gama – que assegurou a impressão.
Cipriano Lucas falou das protagonistas do livro, tendo dito que “são figuras que me motivaram enquanto atleta e com as quais também me envolvi como jornalista. Agradeço ao presidente do COP, José Manuel Constantino, a possibilidade de concretizar este projecto.” O autor deixou uma intenção: “Todas elas mereciam por si só uma biografia, diria que isto é um ponto de partida, um manual.”
O secretário de Estado da Juventude e Desporto, João Paulo Rebelo, encerrou a cerimónia, atribuindo à distinção das mulheres, homenageadas no âmbito do Dia Internacional da Mulher, o significado de “servirem de exemplo, de inspiração.”
Depois referiu-se às 118 mulheres protagonistas do livro como “muito importantes, são grandes exemplos.” E lembrou a composição das equipas olímpicas de 1952 e 2016, com 68 homens e três mulheres, primeiro, e 62 homens e 30 mulheres, depois.
“Incontornavelmente, houve um avanço. Mas não foi um avanço muito extraordinário, porque estamos a falar de 50 anos. A igualdade de género e a participação das mulheres são questões de democracia e de direitos humanos. Eu não tenho qualquer prurido em afirmar-me como feminista.”
