A pista do Aeroporto Internacional de Twente, na Holanda, foi o palco apropriado para que Sara Moreira (Sporting) conseguisse, este domingo, ultrapassar o mínimo pedido e ganhasse o passaporte para os Jogos Olímpicos de Tóquio.
A atleta leonina logrou andar sempre com a mente a dar sinais de que era possível cumprir este primeiro objectivo – depois da pandemia e de vários percalços – chegando ao fim dos 42.195 metros com o tempo de 2.26.42, o quarto tempo das quatro provas terminadas, se bem que o seu melhor registo pessoal (2.24.49) date de 3 de Maio de 2015, em Praga (República Checa), continuando a ser também a quarta melhor portuguesa de sempre.
Sara manteve-se sempre nos seis primeiros lugares, para a partir do quilómetro 25 começar a escalar até aos lugares cimeiros, conseguindo, na viragem para a última volta do percurso, assegurar a segunda posição.
A prova foi ganha pela alemã Katharina Steinrück, com 2.25.29, um novo recorde pessoal, enquanto Rabea Schöneborn foi 3ª (2.27.03).
Em declarações ao site da Federação Portuguesa de Atletismo, Sara Moreira destacou que, “olhando para o que foi o ano de 2020, com as adaptações que foi preciso fazer e para tudo o que passou nos últimos tempos, a conquista de hoje teve um sabor a vitória”, tendo adiantado que “o objectivo de hoje, quando parti, era conseguir a marca de qualificação. Na primeira parte acompanhei a lebre que ia para 2.27.00 e, apesar das boas sensações, ainda receei estar a exagerar, mas decidi aguentar até ao fim, ainda que tenha sofrido muito nos últimos três, quatro quilómetros.”
A prova masculina foi ganha pelo recordista do mundo da distância, o queniano Eliud Kipchoge, que terminou com 2.04.30, deixando para trás o seu compatriota Jonathan Korir (2.06.40), e o eritreu Goitom Kifle (2.08.07).