Terça-feira 24 de Novembro de 0104

Roubo monumental em Belgrado, castigou Portugal no jogo com a Sérvia

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É mesmo assim, sem aspas. Foi um roubo do tamanho da Catedral o que aconteceu em Belgrado, quando do jogo Sérvia-Portugal, este sábado, depois do árbitro do encontro não ter confirmado o terceiro golo português, já em tempo de descontos, depois de a bola ter ultrapassado por completo a linha de baliza.

Com tantas “caganças” quando da inauguração do VAR, para ser implementado, obrigatoriamente, nas principais competições mundiais e europeias, a nível de países e nos respectivos campeonatos nacionais, eis que a bronca maior surgiu logo nos primeiros jogos da fase de apuramento para o mundial de 2022.

Competição cuja fase final terá lugar no Catar, em 2022, já de si “fora de si”, porquanto será disputado em Novembro, um mês completamente fora do baralho dos trabalhos desenvolvidos em cada país.

Não se vêem mas a verdade é que há “bruxas” um pouco por todo o lado!

Doa a quem doer, a verdade desportiva não pode ser negada por ninguém , muito menos por dois elementos da equipa de arbitragem, com envolvência directa no resultado final.

Primeiro, o árbitro assistente que acompanhou o ataque de Portugal, mormente quando Ronaldo chutou para a baliza, que “não” viu a bola passar por completo a linha de baliza (todas as imagens da transmissão televisiva assim o confirmam), ou porque estava atrasado em relação à sua posição, que devia ser na linha lateral junto à linha final, para poder ver que a boa entrou.

Segundo, porque o árbitro estava longe da linha de baliza, pelo que não teve nem ângulo suficiente para visualizar o caminho da bola nem viu a bandeira levantada.

Nunca um golo foi tão claro como o que seria o terceiro golo de Portugal e consequente triunfo de Portugal frente à Sérvia, se bem que o empate é um castigo merecido pelo que a equipa não fez, no seu global, em especial depois de estar a vencer por 2-0 ao intervalo.

Também é bom de dizer que a formação sérvia foi surpreendida muito cedo por esta “nova” formação lusa – comparativamente com a que jogou ante o Azerbaijão – dando espaço demasiado a Portugal e falhando nos dois momentos cruciais dos golos obtidos pela equipa nacional.

Diogo Jota foi o autor dos dois golos (11’ e 46’), que aproveitou a falta de marcação – toda a defesa estava concentrada no alvo chamado Ronaldo – pelo que foi surpreendida pela entrada galopante dos portugueses.

No segundo tempo, os sérvios tentaram a sua sorte e a maior força física dos seus jogadores veio ao de cima, ganhando mais a bola, tentando afastar uma possível maior pressão portuguesa, começando por chegar ao 1-2 logo aos 46’, com um golo marcado por Mitrovic.

Depois (60’) chegou ao empate, por Kostic, numa altura em que Portugal não dava acordo de si, começaram a chover os amarelos (um deles a afastar Bruno Fernandes do jogo da próxima ronda) e a linha da frente se foi desmoronando até quase ao último apito, quando surgiu a cena do golo legal não confirmado pelo árbitro.

A equipa não pode jogar apenas para um jogador (Ronaldo) que continua a estar algo longe do que se poderia esperar, o que também leva os companheiros às “aranhas”, porque quer marcar tudo e não abdica de nada. A mudança de estratégia, ao longo dos jogos, é fundamental para criar novos movimentos e, com isso, conflituar com os adversários.

Mais empenho é o que se precisa. Pensaram, os jogadores, que com dois golos de vantagem o resto seria “canja”. Esqueceram-se há sempre obstáculos inesperados.

Portugal e a Sérvia lideram o grupo – o Luxemburgo, neste mesmo dia, fez a surpresa de ir ganhar à Irlanda, com um golo obtido por um tal Rodrigues de apelido, provavelmente de origem portuguesa – que Portugal vai defrontar na próxima terça-feira.

Já agora, a equipa de arbitragem devia ser sancionada e suspensa da actividade até que decorra um eventual processo de inquérito, que se justifica plenamente. Porque é inacreditável o que aconteceu.

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