Foi preciso introduzir a bola na baliza do Vitória de Guimarães por duas vezes para que fosse validado um único golo, o que deu o triunfo ao Sporting no final dos 90+7’ que durou o encontro disputado no Estádio José de Alvalade.
Final que acabou por ter outra festa – para além da vitória e da liderança na Liga NOS com os mesmos dez pontos de vantagem sobre o F. C. do Porto – com a entrada (84’) em campo do “miúdo” (16 anos) Dário Essugo, numa estreia inédita (face à idade), ao que se sabe, numa equipa da I Liga portuguesa.
Bem se pode dizer que foi um início de Primavera com um cheirinho a ”boca doce”. É que a Páscoa está à porta!
Com uma entrada “à leão”, o Sporting começou a demonstrar, uma vez mais, que queria ganhar, pelo que tratou de colocar as peças no local certo do “tabuleiro” da equipa.
Daí que não foi novidade (15’) o facto de Varela ter impedido o que seria o golo de abertura, defendendo uma bola atirada por João Mário na sequência de um canto marcado por Nuno Mendes.
Três minutos depois, foi a trave que obstou o que podia ser golo dos leões, depois de Pedro Gonçalves rematar à trave no seguimento de um passe de Porro.
À terceira (26’), seria de vez se o golo não fosse anulado pelo VAR, deixando Tiago Tomás – o rematador – triste pelo facto, porquanto o golo foi obtido de forma legal. Só que, no início da jogada, a bola foi recolhida já fora da linha lateral, sendo de salientar o facto de o VAR vir tão atrás para verificar a situação, o que foi bem feito, se bem que um caso raro a ter em conta em função de outras situações irregulares que se tem verificado e em que o critério não é o mesmo. Mas uma decisão certa. Reforce-se!
À passagem da meia hora, o Guimarães conseguiu aproximar-se da baliza sportinguista e criar perigo por duas vezes, a primeira quando Edwards rematou para a baliza, Adán defendeu mas não segurou a bola, que foi resvalar na barra, tendo a defesa aliviado de vez.
Na outra, o mesmo Edwards colocou a bola na cabeça de Estupinán, que levou a bola também à barra.
Novo arranque do Sporting se seguiu e (42’) surgiu o 1-0, no seguimento de um livre marcado por João Mário que levou a bola à cabeça de Gonçalo Inácio que não perdeu a oportunidade de colocar os leões em vantagem.
Numa segunda parte com mais controlo e aproveitando um “abrandar” por parte dos vimaranenses, o Sporting não deu “abébias” e chegou ao fim com os três pontos para aumentar o volume dentro da mala que está a caminho do final da competição, ainda que faltando dez jogos.
Registe-se que os leões dominaram em toda a linha: posse de bola (69/31%), bem como nos remates (10-4, dos quais 4-2 para a baliza), pelo que o triunfo se justifica.
Por outro lado, o F. C. do Porto – já com os três pontos na bagagem antes do início da partida do Sporting – foi ao Algarve derrotar (2-1) o Portimonense, num jogo em que os algarvios marcaram todos os golos (os dois dos portistas na sua própria baliza) e em que Sérgio Conceição e Paulo Sérgio, os principais técnicos das duas equipas, foram expulsos logo após o final do jogo, por ofensas (do que se deduziu via som tv) o que continua a ser um bom exemplo de ética, desportivismo e fair play. É para mostrar este tipo de comportamentos que querem os adeptos nas bancadas? Mal vai o mundo do futebol. Nem a pandemia ajuda!
Ainda que tivesse dominado a partida nos remates (12-8) e na posse de bola (3-3) nos que foram para a baliza houve um empate (3-3), se bem aqui o grande vencedor foi o F. C. do Porto, porquanto os homens do Algarve tiveram que marcar os três golos para os portistas vencerem por 2-1. Uma sorte que não sai todos os dias! Coisas do futebol!
Lucas colocou a equipa de Sérgio Conceição a liderar o marcador depois de (46’) Corona ter tentado colocar a bola em Sérgio Oliveira, que escorregou e não chegou ao esférico que, entretanto, chegou a Marega que rematou para golo, desviada por Lucas para a sua própria baliza.
Candé (64’) conseguiu igualar, desmarcado por Dener, remeteu a bola para Beto mas Diogo Leite cortou a jogada mas coma bola a voltar a Candé que não perdeu a oportunidade, ainda que o golo tivesse que ser “visado” pelo VAR.
Três minutos depois, novo azar para os domos da casa, depois de Sérgio Oliveira ter marcado um livre directo ao primeiro poste, com Samuel (guarda-redes) a defender mas para o poste, tendo a bola sido devolvida mas contra a cabeça do guardião que a meteu na baliza.
Outra nota menos positiva foi a expulsão (90+5’) de Pedro Sá, que se encontrava no banco.
O Paços de Ferreira recebeu e venceu (3-0) o Moreirense, com os três golos marcados na primeira parte, tendo começado por Tanque (12’, de grande penalidade), Singh (20’) e Hélder Ferreira (44’).
Apesar de ter dominado nos remates (14-9, dos quais 8-0 para a baliza), a maior posse de bola (62/38%) foi do Moreirense, de acordo com as estatísticas divulgadas.
Concluindo esta segunda parte da 24ª jornada, o Santa Clara e o Tondela empataram (1-1) no jogo efectuado em Ponta Delgada, tendo os golos sido marcados por Gonzalez (44’) para os tondelenses que, afinal, também assinalaram o golo para os açorianos, quando Yohan Tavares (90+4’) meteu a bola na sua própria baliza.
Fábio Cardoso e Alano (Santa Clara), foram expulsos, respectivamente aos 80’ e 82’.
Na estatística, os donos da casa dominaram nos remates (16-6, dos quais 5-4 para a baliza), bem como a posse de bola (63/37%), mas não conseguiram levar a melhor no resultado final.
Neste domingo – seguindo-se uma paragem para os jogos da selecção nacional – conclui-se a 24ª ronda com as partidas Rio Ave-Belenenses SAD (15h), Marítimo-Famalicão e Boavista-Farense (17h30) e Sporting de Braga-Benfica (20h), para fechar em beleza, ficando-se na expectativa sobre quem receberá o melhor prémio, porquanto a Páscoa está por perto.