Catarina Ribeiro, Jéssica Augusto e Salomé Rocha (todas do Sporting), são as principais estrelas da competição feminina do nacional de crosse, que decorre no Parque do Serrado (Amora-Seixal), num formato bastante reduzido para o que é normal, face à pandemia.
Esta competição feminina não terá a presença da vencedora de 2019 (recorde-se que o campeonato longo não se realizou em 2020, devido à pandemia), Dulce Félix, mas terá a presença das sportinguistas Catarina Ribeiro (vencedora em 2018 e segunda em 2019), Jessica Augusto, campeã em 2017 e Salomé Rocha, vencedora em 2016.
Em, termos individuais, Rosa Mota, com oito títulos conquistados entre 1975 e 1985, continua a ser a atleta mais vezes campeã nacional, seguida de Dulce Félix (7), Fernanda Ribeiro (5), Manuela Simões, Aurora Cunha, Conceição Ferreira e Jéssica Augusto (todas com quatro).
O Maratona, 20 vezes campeão entre 1993 e 2013, detém larga vantagem sobre o SC Braga, com 10 títulos.
O vencedor masculino das duas últimas edições, Rui Teixeira (38 anos, fará 39 no dia 22 no dia a seguir à prova), do Sporting, apresenta-se de novo para competir, sendo um dos mais velhos campeões de crosse atrás de Eduardo Henriques e Domingos Castro, que conquistaram os seus títulos com 39 anos, de Nelson Cruz (titulado aos 38 anos) e Carlos Lopes que conquistou o seu último título aos 37 anos (precisamente em 1984, quando se sagrou campeão mundial nesta variante e também campeão olímpico na maratona.
Presentes ainda nesta competição anteriores campeões, como Rui Pinto, agora no 4 Run Club, Rui Pedro Silva (Sporting) e Nelson Cruz (Clube Pedro Pessoa).
Em termos individuais, Carlos Lopes, com dez títulos, é a grande figura do corta-mato, sendo ele o mais titulado dos corredores portugueses, logo seguido de Manuel Dias (8), Fernando Mamede (6), Manuel Faria, Manuel Oliveira, Paulo Guerra e Domingos Castro (estes com cinco títulos).
No que respeita a títulos colectivos, o Sporting leva grande vantagem, com 48 títulos (só no crosse longo), contra 22 do Benfica e 11 do Maratona.
Neste domingo, disputar-se-á a 97ª edição da prova masculina e 54ª feminina, pois só em 1967 foi introduzido o corta-mato para mulheres.
O recinto, que tem recebido as últimas edições do Crosse Internacional de Amora (que em 2019 completou 30 edições), está preparado para acolher um percurso de cerca de dois quilómetros, com redução do número de participantes e só para atletas de clubes que disputam o mais importante nacional de inverno do calendário da Federação Portuguesa de Atletismo.
A competição masculina conta apenas com sete equipas (podem participar seis atletas, pontuando quatro) e a feminina com cinco equipas, e terá um novo figurino, com duas séries femininas (uma de 20 e outra de 21 atletas) e três masculinas (duas de 20 atletas, uma de 16), apurando-se os pódios individuais pelos melhores resultados do conjunto das séries. A pontuação colectiva será determinada pela equipa com somatório mais baixo dos seus primeiros quatro elementos chegados à meta, no conjunto das séries.
A organização pertence à Federação Portuguesa de Atletismo em conjunto com a Associação de Atletismo de Setúbal e da Junta de Freguesia de Amora, com o apoio do Município do Seixal.
A competição terá transmissão em directo por cabo, no canal A Bola Tv, a partir das 10 horas, e no Youtube da FPA (https://www.youtube.com/c/FPAtletismotv).