Quarta-feira 27 de Novembro de 2024

“O mundo vai precisar do desporto” – salientou Thomas Bach

Segundo informação veiculada pelo Comité Olímpico de Portugal, Thomas Bach, presidente do Comité Olímpico Internacional (COI), salientou que “o novo mundo vai precisar do Desporto e dos seus valores”, em declarações feitas na sessão online promovida pelo Departamento de Droga e Crime das Nações Unidas (UNODC) sobre a Protecção do Desporto contra a Corrupção e o Crime.

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Thomas Bach, um dos convidados do painel de oradores, destacou o papel que o desporto pode operar na recuperação da crise mundial provocada pela pandemia da Covid-19, tendo acrescentando que o COI “está comprometido com o objectivo de reforçar a sua credibilidade e integridade, com o devido apoio de todas as organizações e sectores da sociedade, uma vez que o problema da corrupção é transversal e a solução apenas poderá ser alcançada através de uma plena cooperação multi-institucional, que garanta um eficiente e eficaz combate ao fenómeno, tanto a nível de prevenção como de reacção”.

Thomas Bach recordou ainda que o desporto foi já considerado um sector essencial para a sociedade civil na Resolução unânime das Nações Unidas e que a crise trazida pela pandemia está longe de acabar.

Por isso, defende que o desporto tem de ser incluído nas medidas de recuperação para que possa sair da crise com a sua credibilidade, confiança e integridade reforçadas, evitando que os problemas, que existiam antes da mesma se perpetuem para lá do seu fim, o que aliás está na Agenda 2020 + 5 aprovada pelo COI.

Este evento foi dirigido aos representantes de federações desportivas internacionais, continentais e nacionais, Comités Olímpicos Nacionais, representantes de órgãos de polícia e justiça criminal, como autoridades de combate à corrupção, unidades de investigação financeira, juízes e procuradores.

O objectivo foi o de sensibilizar o movimento desportivo sobre os principais riscos que a corrupção e a criminalidade colocam ao desporto, bem como destacar e propor iniciativas sobre como superá-los.

Das prioridades abordadas destacam-se o fortalecimento da cooperação entre as organizações desportivas, os órgãos de polícia e justiça criminal e outras entidades relevantes do sector, o combate à manipulação de competições desportivas, apostas ilegais, lavagem de dinheiro, proliferação do crime organizado no desporto, suborno e a protecção de vulneráveis, nomeadamente crianças, mulheres e jovens atletas.

Para além do Presidente do COI estiveram presentes no evento David Sharpe, Chefe Executivo da Unidade de Integridade Desportiva da Austrália; Franco Frattini, Juiz do Conselho de Estado Italiano e Chairman da Sports Integrity Global Alliance (SIGA); Andrey Avetisyan, Embaixador Internacional de Cooperação Anti-Corrupção da Federação Russa; e Gianni Infantino, Presidente da Federação Internacional de Futebol.

Se esta notícia é “fortificada” pelo impacte dos temas em debate, numa lógica de um desporto limpo, transparente, não temos a menor dúvida de que, no campo da saúde e da construção de uma vida sã numa lógica de ser o mais longa possível, torna-se (já o é) irreversível que a prática da actividade física e do desporto – segundo a Organização Mundial da Saúde tem recordado sistematicamente ao longo de várias (e longas) décadas – é um bem essencial para todos os cidadãos do mundo.

Pelo que se espera que os governos, como responsáveis pela implementação dessas políticas globais e práticas, não façam “orelhas moucas” e accionem os mecanismos indispensáveis para que a saúde seja um bem adquirido, partindo até do princípio, provado cientificamente, que o promover a actividade física contribui para uma população mais saudável e para encurtar, até, as despesas com a saúde.

 

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