Portugal voltou a realizar uma grande exibição, o que lhe valeu uma vitória por 84-52 diante de Chipre, no encerrar da primeira fase da pré-qualificação para o Mundial 2023.
A Selecção Nacional masculina terminou na liderança do grupo A em grande estilo, com quatro triunfos consecutivos.
O jogo frente à turma cipriota, equipa anfitriã, começou equilibrado, mas um parcial de 11-0 favorável às nossas cores foi o tónico para aquilo que se seguiria, com Portugal a chegar ao intervalo com uma vantagem de 23 pontos (45-22), para a qual muito contribuíram os oito triplos registados.
Graças a parciais de 17-16 e 22-14, no segundo tempo, a Selecção lusa garantiu uma vitória por grande margem e demonstrativa da sua qualidade.
Mais uma vez, a formação portuguesa revelou eficiência defensiva e desenhou jogadas de grande qualidade, com alguns grandes afundanços a abrilhantar.
No capítulo individual, na equipa de Portugal, realce para as exibições de Sasa Borovnjak (21pts, 11res, 3ast, 1rb), Rafael Lisboa (15pts, 1res, 2ast) e Gonçalo Delgado (13pts, 2res, 1ast).
A Seleção Nacional segue agora para a 2.ª fase do pré-apuramento.
Dois jogos, duas vitórias claras e o salto para o comando do grupo A da 1.ª fase de pré-qualificação para o Mundial 2023, é o saldo da Selecção Nacional masculina na “bolha” de Nicósia, em Chipre, na qual Portugal bateu a Bielorrússia e a congénere cipriota.
Para o seleccionador nacional, Mário Gomes, “o balanço que faço é o mais positivo possível, quer em termos de resultados, quer da forma como trabalhámos para os alcançar. Estou muito satisfeito”, acrescentando que “esta convocatória teve a ver, não só com o presente, mas também com os nossos objectivos a médio prazo, que passam pelo apuramento para o Europeu 2025. Não há selecções do futuro, mas sim selecções do presente. As idades interessam-me pouco, apesar da preocupação de termos à disposição um núcleo de jogadores que tem alguns anos pela frente na Selecção Nacional”.
Aproveitou ainda Mário Gomes para dar “uma palavra para os atletas mais experientes desta equipa, que continuam a mostrar ambição e que jogam com prazer, o que é muito importante para fazer um colectivo forte com os mais novos. Os jogadores que aqui estão têm mostrado valor nos seus clubes, essa é a responsabilidade deles, enquanto toda a restante responsabilidade é da equipa técnica, porque nós é que os chamamos. Mostraram que merecem estar aqui, mas não são os únicos. Esta convocatória foi diferente da anterior e a próxima será diferente desta, provavelmente. Mas conto com todos os jogadores”.
O seleccionador nacional salientou ainda que “quando apontámos a meta de estar presentes no Europeu 2025, já tinha mentalizado aproveitar os verões 2020 e 2021, durante os quais tínhamos a informação de que não haveria competições oficiais, para fazer um trabalho diferente, alargar o grupo de convocáveis e realizar jogos frente a selecções mais fortes. Em 2020 o plano saiu-nos gorado pelas razões que todos conhecem e este ano haverá competição oficial, pelo que temos de pensar no presente. Não sabemos quais serão os nosso adversários na próxima fase e qual será o formato, mas uma coisa eu sei: se continuarmos a jogar assim, temos capacidade para discutir um lugar nas séries de qualificação para o Mundial. Para além de termos todos os jogadores disponíveis, espero que possamos dispor de algum tempo para treinar e que façamos mais jogos de controlo, diante de adversários que estejam acima de nós no ranking. Em quase quatro anos fizemos apenas sete jogos de controlo. Treinar não chega, é preciso defrontar equipas mais fortes para poder evoluir. O mais importante é dar total mérito aos jogadores por estes dois resultados, em Nicósia. Obviamente que não é em três dias que se forma uma equipa ou que se muda muita coisa. Os jogadores têm muito mérito nisto”.
Pelo que há que conhecer o lote dos novos adversários e, então assim, implementar a estratégia que melhor se adapte à nova fase de apuramento.