Sabe-se que a pandemia está a afectar toda a gente, umas de forma directa e outras indirectamente, mas a verdade é que a falta de fair play e desportivismo foi o que se verificou no encontro da primeira mão da Taça de Portugal, entre o Sporting de Braga e o F. C. do Porto.
Os ânimos aqueceram demais, o que redundou numa explosão de actos e omissões que acabaram pela lesão (grave) do jovem defesa do Sporting de Braga, seguindo-se a expulsão de Luis Diaz logo de seguida e uma segunda expulsão portista (Uribe) por cabecear a testa de um jogador bracarense mesmo no dealbar da partida.
Não para isto que existe o desporto (mente sã em corpo são) e estes actos estão a acontecer com maior frequência, porquanto as entidades disciplinares também não tem tido as decisões mais coerentes com as situações, o que ajuda a “agravar” o ambiente, muito mais quando o árbitro não é o culpado, como ora se verificou.
Em termos de jogo jogado, o F. C. do Porto começou por ter uma estrelinha imensa quando Matheus, guardião dos bracarenses, cometeu um erro de todo o tamanho, ao “preparar” a bola, estando muito longe da sua própria baliza, o que levou Taremi (9’) a ter a visão suficiente para fazer um chapéu chegar ao 1-0, numa altura em tudo estava calmo.
Com a passagem do tempo, com uma ou outra “picardia” de um ou de outro lado, os ânimos foram aquecendo e as faltas cometidas agudizaram-se, com os portistas a tentarem aumentar a vantagem e os bracarenses a tomar o domínio da posse de bola (57/43%) com o objectivo de, no mínimo, poderem chegar ao empate.
Ainda que o Braga tenha rematado mais (17-8), a verdade é que as oportunidades mais flagrantes pertenceram ao Porto (4-3, diferença também mínima), o que motivou algum equilíbrio nalgumas partes do desafio.
A partir da jogada conduzida por Luis Diaz (70’) – que ainda conseguiu rematar para Matheus defender, ante a pressão de David Carmo – o atacante portista entrou com a sola da bola a bater no peito do pé, na intercessão com a perna, do defesa, fazendo quase virar o pé, o que obrigou à chama da ambulância e o caminho do hospital para se saber da gravidade da lesão.
Minutos depois (90+7’), Uribe agrediu (com a cabela) Esgaio e também foi expulso, ficando o Porto reduzido a nove jogadores.
Aqui os ânimos subiram ainda mais, ainda que o Sporting de Braga continuasse a pressionar para chegar ao golo, o que veio a acontecer em cima dos 90+12’ (dos 90+15’ jogados efectivamente), tempo dado pelo árbitro pela interrupção do jogo por causa da lesão de David Carmo.
Depois de um remate ao poste, a bola saiu dos pés de Gaitán para Sporar rematar ao poste, sobrando a bola para o pé direito de Fransérgio que marcou o golo do empate.
Depois do apito para o fim da partida, a falta de ética e de fair play voltou ao de cima, o que levou à expulsão do director do Futebol do F. C. do Porto, num final triste e que deverá ser apreciado “sem medos” e com os prevaricadores a serem, sancionados como deve ser.
Mais uma noite triste para o futebol português.
O jogo da segunda mão terá lugar no Estádio do Dragão, em 3 de Março (15h), ao mesmo tempo que o Benfica-Estoril.
Primeira mão do Estoril-Benfica que se joga esta quinta-feira no Estádio Coimbra da Mota.