Uma trovoada abençoada caiu sobre o Estádio Cidade de Barcelos poucos minutos antes de Coates, que fez um excelente jogo, ter chegado ao empate e, depois, ao triunfo, com um intervalo de oito minutos, estragando a festa que o Gil Vicente estava preparado para fazer.
Liga Portugal
Uma vez mais, os leões voltaram a ter a “estrelinha” de Ruben Amorim, com os donos da casa a não suportar a maior pressão sportinguista, que se aplicou praticamente durante toda a partida, segundo as estatísticas.
Pressão sportinguista que teve como base o facto dos gilistas se terem adiantado no marcador (36’) com um golo marcado pelo japonês Fujimoto, que “fugiu de mota” por detrás da defesa leonina e chegou primeiro à bola do que Adán – que ainda tocou com a luva na bola mas não conseguiu desviá-la da baliza – e abriu o activo.
Com uma posse de bola de 68/32%, 21 remates para 6 do Gil, dos quais 5-2 para a baliza, tudo indicava que os leões chegariam ao triunfo, se bem que só nos minutos finais é que conseguiu destrancar a baliza dos homens de Barcelos, onde Coates esteve de serviço para os golos.
O primeiro (83’) foi Porro o municiador, tendo centrado para a baliza contrária, com a bola a chegar até Coates que, com um remate rasteiro e forte, fez o esférico entrar junto ao poste.
O segundo, também com os mesmos executantes: Porro marcou um livre pelo lado esquerdo, perto da linha delimitadora da grande área, a bola subiu até ao centro da área onde Coates saltou mais que o defesa, cabeceou para o chão, a bola como que “achatou” (não saltando), traiu o guardião do Gil, que se preparava para a recolher, e foi entrar na baliza mesmo a lado do guarda-redes.
Mais uma missão cumprida pelos “agentes especiais” do clube de Alvalade, que assim continua a descansar com oito pontos de vantagem sobre o F. C. do Porto, que está na segunda posição.
Esta última parte da 18ª jornada da Liga NOS começou com a partida entre o Paços de Ferreira e o Portimonense, no que resultou um nulo e em que os algarvios foram mais dominadores em toda a linha.
Fizeram 14-6 em remates, dos quais 3-1 para a baliza, numa posse de bola de 53/48%, mas quis Deus e os Anjos que não houvesse golos, o que fez descolar os pacenses do Benfica na classificação.
Em Vila do Conde, o Rio Ave venceu (2-1) contra a maré, porquanto o Tondela foi superior nos remates menos na marcação de golos, o que o levou a uma derrota de alguma forma injusta, ainda mais porque foram os primeiros a marcar (32’) com um golo obtido por Murillo.
O Tondela fez 11-6 em remates, dos quais 5-2 para a baliza, mas talvez os 55/45% de posse de bola dos vila condenses justificaram o triunfo, que fazem subir o Rio Ave ao 10º lugar.
O Boavista recebeu o Nacional e voltou a perder (1-0), mantendo-se nos lugares de descida, sendo ainda mais “grave” esta derrota porque foi provocada por um autogolo de Nuno Santos na sua própria baliza.
A equipa da cidade do Porto dominou em toda a linha (20-7 em remates, dos quais 2-1 para a baliza, incluindo a posse de bola, com 54/46%) mas não atinou com o caminho para a baliza contrária, confirmando que a felicidade não esteve com a formação axadrezada.
Após esta ronda, o Sporting continua primeiro, com 48 pontos, à frente do F. C. Porto (40), Sporting de Braga e Benfica (37), Paços de Ferreira (35), Guimarães (31), Santa Clara (25), Moreirense (24), Nacional (21), Rio Ave (19), Tondela (18), Marítimo e Belenenses SAD (17), Gil Vicente e Portimonense (16), Boavista e Famalicão (14) e Farense (13).
Nos melhores marcadores, Pedro Gonçalves (Sporting) mantém-se líder, com 14 golos, seguindo-se Taremi e Sérgio Oliveira (F. C. Porto), com 8; Thiago Santana (Santa Clara), Seferovic (Benfica) e Rodrigo Pinho (Marítimo), com 7.
A ronda nº 19 inicia-se no dia 12 (sexta-feira), com o jogo Famalicão-Belenenses SAD (20h30), prosseguindo no sábado com as partidas Nacional-Farense (15h30), Guimarães-Rio Ave (18h) e F. C. Porto-Boavista (20h30).
